segunda-feira, outubro 30, 2017

O equívoco do pasteleiro!

Proveniente de uma família ligada à pastelaria, Puigdmont confundiu os acontecimentos de 1640 com os tempos presentes! Digamos que confundiu as receitas. Terá lido alguma coisa sobre a restauração, sobre o número de conjurados, apenas quarenta, contou com a actual fragilidade do Partido Popular e daqui partiu para a independência! Enganou-se redondamente. Madrid reagiu e o pasteleiro de Girona vai continuar a vender merengues.

Falemos agora dos equívocos. Em primeiro lugar Portugal já levava alguns séculos de independência política quando nas Cortes de Almeirim ficou decidido colocar as duas coroas na cabeça de Filipe II. Em segundo lugar ambos os países eram detentores de vastos impérios coloniais, impérios diferenciados, e foram estes impérios o motivo maior da jornada de 1640. A Catalunha nunca teve nada disto, nem independência nem império e as referências históricas ou identitárias que possa ter não são comparáveis com as que a Espanha oferece.

Assim o único traço comum entre a revolta portuguesa e a recente revolta catalã reside no carácter elitista das mesmas. Em Lisboa sentia-se o prejuízo que a união ia produzindo nas nossas colónias, sucessivamente atacadas pelos inimigos da Espanha, enquanto na Catalunha o problema é de abastança! Uma pequena minoria, sem quaisquer problemas económicos, quer obrigar a maioria a deixar de ser espanhola para ser apenas catalã! O que é ser apenas 'catalã', ninguém sabe, ninguém consegue explicar, nem os próprios independentistas!



Saudações monárquicas

sábado, outubro 28, 2017

O adultério, a Catalunha, e a greve!

Em primeiro lugar situemos a questão. Adultério e adulterar são o substantivo e o verbo da corrupção e do acto de falsificar. Daqui podemos concluir que as várias manifestações que hoje decorrem contra o acórdão do juiz Neto de Moura são objectivamente favoráveis ao adultério e à corrupção. Que outra conclusão se pode tirar?! O que até se compreende em se tratando da esquerda. Para ela o adultério não existe. A ‘bíblia’ que segue foi escrita na antiga URSS e aí vigoravam as relações colectivas.

Sem mudarmos de assunto, e aqui mesmo ao lado, temos assistido em directo ao adultério da Catalunha! Desde a corrupção democrática à falsificação do voto popular tudo tem valido para sequestrar a opinião pública. A maioria silenciosa como é costume nestes casos está por enquanto silenciosa. Mas pode haver violência doméstica. É o mais certo.

E por fim uma nota sobre a corrupção da república e dos seus leais servidores. A greve dos funcionários foi a resposta ‘eleitoral’ do PCP quer ao PS quer ao Bloco! E veio demonstrar mais uma vez o tipo de governo que temos e o calibre de quem o apoia. Como sempre disse trata-se de um embuste político que sairá muito caro ao país. A boa notícia é que será talvez o último governo de esquerda da terceira república.



Saudações monárquicas

terça-feira, outubro 24, 2017

O futuro da Europa

Recebi um email a reportar o seguinte:

“Phil Lawyer fez um balanço sobre os líderes da Europa:

O recente eleito presidente da república francesa, Macron, não tem filhos
A Chanceler, Angela Merkel, não tem filhos
A PM do Reino Unido, Theresa May, não tem filhos
O PM de Itália, Paolo Gentiloni, não tem filhos
Mark Rutte da Holanda, não tem filhos
Stefan Lofven, da Suécia, não tem filhos
Xavier Better, do Luxemburgo, não tem filhos
Nicola Sturgeon, da Escócia, não tem filhos
Jean-Claude Juncker, Presidente da CE, não tem filhos


Portanto, uma grande porção de pessoas que tomam decisões sobre
o futuro da Europa, não tem quaisquer interesses directos nesse futuro!”

E sobre este assunto vou fazer o seguinte comentário: - Para além da curiosidade e das ilacções que se possam tirar sobre a preponderância destes 'celibatários' na cena política, não é liquido que os mesmos, pelo facto de não terem filhos, não pensem no futuro. Acho o regime mais importante que as pessoas que é o mesmo que dizer que se o hábito não faz monge, o convento há-de encaminhá-lo nesse sentido. Por outro lado o celibato é prenúncio de vocação para a causa pública e lembramos a propósito o nosso Salazar que afirmava ter casado com a Pátria! E nesta circunstância seria difícil ter filhos de carne e osso. Mas não fujo à questão colocada por Phil Lawyer. E sim, ficaria preocupado se fosse francês, alemão ou italiano. Quanto aos outros políticos mencionados todos eles têm na chefia de estado quem represente os valores permanentes coisa que o regime republicano não tem. Portanto não é uma questão de ter ou não ter filhos. Os presidentes da república portuguesa tiveram filhos mas isso não tem servido de muito.



Saudações monárquicas


Nota: Chamei-lhes celibatários porque salvo no caso de não poderem ter filhos são pessoas que fazem vida de celibatários. 

quarta-feira, outubro 18, 2017

É para isto que serve o governo?!

Foi para isto que o presidente da república viabilizou uma solução governativa que os portugueses não escolheram?! É para isto que serve esta miserável geringonça?! Um projecto de poder pelo poder e que por isso faz tudo para se manter no poder?! É nesta mentira permanente que se consomem os nossos votos?! A receita parecia simples! Aumenta-se a despesa pública para agradar aos partidos que apoiam a geringonça e ao mesmo tempo diminui-se o défice para agradar à Europa. Como é que isto se faz?! Cortando nos serviços públicos onde se inclui a segurança das pessoas e dos bens.


Morreram mais de cem portugueses! Mas isso pouco importa à geringonça porque o que interessa é manter o poder! E não falta muito para o comprovarmos. Quando a moção de censura subir ao plenário logo veremos quem censura o governo pela inépcia, pela irresponsabilidade, pela sensação de impotência que se apoderou do país, e ficaremos mais uma vez esclarecidos sobre a desgraçada república em que vivemos.

segunda-feira, outubro 16, 2017

Títulos e comendas!

Os títulos são sempre honoríficos pois destinam-se em última análise a honrar quem os recebe. Normalmente por actos praticados em prol da comunidade. Na sua origem iam mais longe e representavam cargos ou funções de interesse público que os agraciados já tinham dado provas de merecer. E se passavam para os descendentes isso tinha a ver com a necessidade de prolongar no tempo a defesa daqueles interesses responsabilizando assim o herdeiro.  Portanto a sua natureza não era tanto atribuir direitos mas sim criar (e manter) deveres. Porém e como sabemos tudo o que é humano tende a desvirtuar-se e os melhores princípios acabam muitas vezes por submeter-se aos piores fins. Aconteceu no liberalismo e coincidiu com o facto do rei, que os atribuía, ter sido remetido para figura decorativa. Os títulos passaram então a ser também decorativos. E atribuídos por dá cá aquela palha! Ficou célebre a expressão - 'foge cão que te fazem barão', ao que o cão respondia - 'para onde se me fazem visconde'!

A república, na sua propaganda, sempre fez troça dos títulos da monarquia mas na verdade copiou tudo o que podia ser criticável e deitou fora tudo o que fazia sentido. Hoje temos toneladas de comendas distribuídas generosamente a cada dez de Junho e o critério da atribuição é, como se constata pelo despacho de acusação do 'processo marquês', bastante duvidoso! Dos cinco principais arguidos, todos eles são comendadores! Mais palavras para quê?!


Saudações monárquicas

domingo, outubro 15, 2017

Novelas peninsulares

Sonhei que o Barça tinha sido adquirido por um emir do Dubai e que o negócio teve o alto patrocínio do governo regional da Catalunha! Vi os independentistas de turbante e elas de burka. Foi um sonho mas a promiscuidade entre o futebol e a política é bastante real e ninguém se escandaliza com isso. Basta recordar o apoio dado pelo governo Macron à transferência de Neymar do Barcelona para o Paris Saint Germain. Os parisienses adoraram. Como devem adorar que o seu clube já não seja seu mas de um magnate do mesmo Dubai!

Ora bem, todos sabemos que o futebol é hoje um fenómeno planetário, um fenómeno global que gera paixões e muito dinheiro! E também sabemos que os europeus só vêm cifrões à sua frente estando por isso disponíveis para vender tudo, incluindo a alma! Mas o que não sabemos, e pelos vistos não queremos saber, é quais são as verdadeiras motivações destes compradores árabes! Será que gostam assim tanto de futebol?! Sendo tão ricos não vêm por certo à procura de dinheiro! O que buscam então?! A reconquista da península?! É uma hipótese. E quanto mais pulverizada ela estiver, mais fácil será.


Saudações monárquicas 

quinta-feira, outubro 12, 2017

O processo da República!

A maioria dos comentadores da nossa praça, escribas de nomeada, chegou finalmente a um consenso: - ‘O processo marquês é o processo do regime’! Mas nunca adjectivam o regime, nunca dizem que é do regime republicano que se trata. Como se para além da monarquia houvesse um cardápio de regimes para escolher! Não, não há, e eles sabem disso ou deviam saber. Como deviam saber que as repúblicas ditas democráticas* não têm defesa perante o assalto de grupos organizados! Grupos que fácilmente instrumentalizam o voto das populações, se alapam ao aparelho de estado, e só de lá saem pela força ou por força de alguma crise externa. As três mil escutas do processo marquês comprovam isso mesmo: - desde as pessoas às instituições a república está lá toda, em peso! O mau da fita neste momento é Sócrates, mas podia ser outro, e outro, já que o regime republicano, como disse, é permeável a todas as promiscuidades. A todas as cumplicidades. 

A justiça, entretanto, poderá ou não concluir o seu trabalho mas no plano estritamente político não deixa de ser insólito que o actual primeiro-ministro tenha sido o número dois do último governo de Sócrates! Se faltasse uma prova sobre a fragilidade republicana, ela aí está! Os escribas de nomeada não levantam esta questão, o que é estranho! Aliás resolvem o problema com um sofisma - quando não lhes convém dizem que é um caso de justiça, quando lhes convém dizem que é um assunto da política!

Saudações monárquicas



*As repúblicas ditas democráticas depois de assaltadas passam a não democráticas. Portugal, como se conclui pela acusação já está nessa fase. Ainda há eleições mas nada muda nem pode mudar. E foi preciso haver uma crise internacional para chegarmos ao processo marquês! Porque senão a terceira república ainda aí estava, triunfal, a roubar-nos o futuro. 

segunda-feira, outubro 09, 2017

Com a Catalunha no pensamento...

Há alturas na vida em que os povos como as pessoas precisam de descer aos infernos para subir aos céus. Precisam de provar o sabor amargo da perda para darem valor aquilo que têm... ou tinham. Não há volta a dar. E esta purificação pela dor serve também para clarificar uma série de questões que andam  escondidas em disfarces e mistificações. Uma dessas mistificações é o estado nação uno e indivisível, à prova de bala, que os republicanos portugueses gostam de proclamar quando nos comparamos com o separatismo catalão! Como já afirmei a unidade nunca está garantida. Recordo apenas dois factos:

A constituição de 1933 também proclamava, tal como a de 1976, que Portugal era um país uno e indivisível! Só que a unidade e indivisibilidade ia do Minho a Timor! No momento em que escrevo ainda vai do Minho ao Algarve, mais as regiões autónomas, mas a perder tanto terreno em cada golpe, não estamos livres que a próxima república chegue apenas até Cacilhas! Será do Minho a Cacilhas!

Outro facto de separatismo espontâneo e popular, ocorreu nos idos de 1975 com o país a dividir-se ao meio pelo paralelo de Rio Maior! Em baixo ficaram comunistas e afins, por cima ficou a tradição. Portanto deixemos a Catalunha no seu desassossego e olhemos para a nossa casa. 

E na nossa casa António Costa anunciou um novo impulso à regionalização. Tem o meu apoio embora tudo indique que pelas razões opostas. Mas isso só se verá no fim. Pela minha parte, sempre o disse, as regiões são o único caminho que nos fará regressar à monarquia. E com ela, na mesma óptica de purificação, haveremos de readquirir o espírito comunitário que perdemos. Espírito que não se reconstrói em cima de mitos ou mentiras.


Saudações monárquicas


Nota : Não por acaso 'O rei e os sovietes' foi um dos primeiros textos que publiquei neste interregno. Leva o título com que Rolão Preto definiu a monarquia do futuro.

quinta-feira, outubro 05, 2017

Para lá da república!

A espuma dos dias não nos deixa ver o caminho onde o futuro e o passado obrigatóriamente se entrelaçam. Mas é nesse caminho que estamos, caminho inexorável que o simbolismo das datas não se esquece de nos lembrar! Enquanto se comemorar a república a monarquia continuará a existir. Monarquia que como agora se vê no difícil transe que atravessa a Catalunha é ainda a última voz e a última esperança de uma unidade que, para o bem e para o mal, é sinal de solidariedade e grandeza. E não são essas afinal as razões que nos levaram a todos à união europeia?!

Mas a unidade nunca está segura e desenganem-se os que em Portugal a dão como adquirida! Lá como cá, foi um longo caminho, com avanços e desilusões, agregando laboriosamente aquilo que o egoísmo de cada reino ou república tendia a separar. Esse egoísmo permanece na história, e está agora em alta, só que já não é visto como egoísmo, tem outros nomes, é exaltado! Na Catalunha um desses nomes é a independência! Uma independência fictícia, ideológica, onde o acento tónico está nos direitos mas não está nos deveres. Típico de uma causa fracturante!

E vale a pena recuar no tempo e imaginar a facilidade com que Tarik entrou pela península e derrotou, sem apelo nem agravo, uma cristandade entretida nos seus vários egoísmos.

Como diz a canção – ‘não há nada de novo debaixo do sol’!


Saudações monárquicas

terça-feira, outubro 03, 2017

Autárquicas light!

Perguntaram-me como se devia votar nas eleições autárquicas e eu respondi dando o meu exemplo: - vivo no concelho de Almada território tradicional da CDU mas nunca posso votar na CDU. Podem pôr-me autocarro à porta, água canalizada, luz, saneamento básico, posso até reconhecer-lhes a obra e mesmo assim não posso votar em nenhum personagem da CDU. É um adversário natural, que tem do mundo uma visão diferente da minha e sendo coerente não há-de descansar enquanto não edificar essa sociedade detestável.

Em alternativa olhamos para a lista dos candidatos da chamada direita e descobrimos que não conhecemos ninguém. É normal e neste sentido resta a hipótese de votar no próprio partido o que contraria completamente o espírito da eleição em causa. Também não é grave uma vez que a direita só terá alguma hipótese de ganhar em Almada na próxima república.

Entretanto houve um pequeno terramoto político! O partido socialista, que trouxe este ano à compita uma estrelinha da sua constelação, acabou por vencer a CDU! Adivinho que terá contribuído para a vitória o teor de um cartaz que Inês de Medeiros espalhou pela cidade: - ‘Dizem que Almada não pode, mas também não saem de cima’! Uma proposta política excitante e que muito beneficiará a vida dos almadenses.
Mais a sério, prevejo uma luta encarniçada entre socialistas e comunistas com os reflexos negativos que se imaginam.


Saudações monárquicas