sexta-feira, setembro 02, 2016

Dizer mal da pátria – pátria com letra pequena!

País tão mentiroso não deve haver, corrupto como poucos, onde a corrupção continua a ser bem vista, uma esperteza onde os parvos são os outros, país que já não é país, nem comunidade, que só se reencontra para receber medalhas! No caso as medalhas do futebol. Percebe-se assim que o poder político queira prolongar esse momento de êxtase para lá do razoável. Percebe-se mas não se aceita. Depois temos essa herança execrável do estado novo chamada nacional-benfiquismo! Uma clubite desgraçada, super infantil, sempre a pender para o mesmo lado, envolvendo o poder político de uma maneira insuportável! Tenho denunciado isto junto dos poucos leitores que me aturam e também sei que por isso terei sempre poucos leitores. Não se trata de falta de humildade, mas de reconhecer que não posso competir com a ração distribuída diáriamente pelos media, alimento devidamente seleccionado, com proteínas que aumentam consideravelmente o risco da estupidez! Vejo deputados, economistas de calibre, advogados em série, até jovens em princípio de carreira, e basta abrirem a boca, para se notar, em todos eles, qual a ração que consomem! E que lhes consome o cérebro!

A mentira do dia, porque há sempre uma mentira do dia, são afinal duas mentiras. Ambas têm o futebol como pretexto e são ambas uma razoável radiografia do paciente português. A primeira tenta provar que o Benfica suplantou a concorrência e fez um grande negócio ao comprar o Rafa! Para provar tal mentira já existe um piquete de comentadores para nos zurzir os ouvidos todos os dias. E já ficámos a saber que o Rafa é benfiquista desde pequenino mas nunca ficaremos a saber quem avançou com o dinheiro ou para onde ele foi. Isto devia preocupar as autoridades mas não preocupa.

A segunda mentira tem a ver com a abortada transferência do Adrien para um clube inglês. Aqui, por trás de uma tentativa para tramar o Sporting, a república revela-se em todo o seu esplendor! Desde o ‘não me cortem as pernas’ até à assunção de que Portugal não tem futuro, tudo se disse (sem ninguém o dizer) e a conclusão mais que óbvia, mas que os mentirosos não conseguem admitir, é que as repúblicas são elas próprias fábricas de emigrantes ou de ex-futuros refugiados! Das monarquias não se emigra nem se foge. Pelo contrário, é para lá que os republicanos querem emigrar!



Saudações monárquicas

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