terça-feira, outubro 20, 2015

Ingenuidades, esperanças vãs…

A estratégia revolucionária de base estalinista está escrita, não existem dúvidas a esse respeito. O imperativo é chegar ao poder a qualquer preço. Nesse sentido haverá disponibilidade para tudo, para todas as concessões. Suslov, um dos últimos ideólogos soviéticos resumia o assunto da seguinte maneira: - ‘haverá propostas electrizantes e depois esmagá-los-emos com o punho cerrado’. Costa pode ser o instrumento que faltava para fechar o puzzle. Há gente na direita que desvaloriza a perfomance de um governo do PS apoiado (ou integrado) por comunistas e radicais de esquerda. Pode ser um engano. Contam com as dificuldades colocadas pela união europeia, pelas regras do euro, mas esquecem a lição de Tsipras. Contam com a desunião das esquerdas, com a fractura do PS, com a reacção dos mercados, mas esquecem que o poder é fonte de união e apaziguamento. E subestimam as capacidades de Costa. Há uma pergunta que fica no ar: - terá Costa condições para submeter o PCP aos seus desígnios?! Para responder teremos que dar resposta a outra pergunta: - terá o PCP mais alguma oportunidade para sobreviver politicamente face aos avanços à sua esquerda?!
Uma vez no poder Costa restituirá os feriados à população, devolverá os cortes à função pública e aos pensionistas, congelará todos os processos judiciais que possam prejudicar a classe política, preparando uma larga amnistia que a todos satisfaça. O défice subirá mas enquanto houver a almofada que a coligação amealhou, isso não se fará notar. E quando se fizer notar já Costa garantiu a sua sobrevivência política. Que é o que lhe interessa.


Saudações monárquicas

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