domingo, julho 05, 2015

Há muito ‘grego’ em Portugal!

Nestes dias de grandes revelações tenho constatado que afinal temos por cá muitos gregos. Gregos e gregas. Não têm a nacionalidade, nunca puseram o pé em terras helénicas, mas sentem-se gregos. Muitos fazem até uma distinção curiosa: - por um lado recusam ser a Grécia, mas querem na mesma ser gregos! Isto não é fácil de compreender, mas depois de falar com alguns já consigo dividi-los, classificá-los e arrumá-los nas respectivas gavetas.

Por exemplo há aqueles gregos para quem a Grécia não pode sair do euro de maneira nenhuma! Porque se a Grécia sai, dizem, a seguir saímos nós! Ou seja a Grécia serve aqui de menino mal comportado que vai protegendo os outros meninos mais sonsos, mas igualmente mal comportados. E sou levado a aceitar o argumento uma vez que Portugal também tem andado a fingir que faz reformas, mas aquelas que atingem o ‘monstro estado’, essas ainda não as fez. E duvido que as consiga fazer.

E surge assim o outro grande grupo de gregos, que são nem mais nem menos que os funcionários públicos e afins. Incluindo o exageradíssimo poder autárquico. Para estes a união europeia e o FMI (e todos os demais credores) são uma ameaça constante pois são os credores quem mais força faz para que a despesa do Estado diminua, única maneira de haver algum excedente para pagar os seus empréstimos. E aqui vou ter que concordar (também) com o argumento dos credores.

E por falar em empréstimos chegamos ao último grande grupo de gregos. Estes são gregos há muito tempo! Apoiantes confessos de todos os Syrizas, esfuziantes oradores na praça Sintagma, têm sobre os empréstimos uma visão peculiar: - em princípio não se pagam! São socialistas de vários matizes e correspondem àquela ideia muito divulgada sobre o socialismo – ‘acaba, quando acaba o dinheiro dos outros’

Saudações monárquicas



Nota básica: Em momento algum me passa pela cabeça ofender os gregos e a Grécia. Um povo e um país que respeito. Pretendi apenas falar dos que se fingem apoiantes dos gregos, mas estão a pensar nos seus interesses em Portugal.

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