quarta-feira, abril 22, 2015

Manhã existencial

Não vamos ser hipócritas, o rectângulo acordou numa euforia contida com aquela certeza de que tudo voltou à normalidade. O Porto, condado alienígena, tem virtudes que não praticamos, e pior do que isso, arrisca-se a fazer de nós um país, possibilidade que o centralismo democrático abomina. Um país roubar-lhe-ia a ciclópica tarefa de distribuir subsídios e benesses em regime de exclusividade. Subsídios que se destinam a satisfazer a exigente clientela lisboeta, mais aqueles (e são muitos) que querem ser lisboetas! E se nos lembrarmos que subsídios… são votos, a república está explicada. Imagine-se então uma vitória do Porto, o desconforto que não seria! Por isso, ontem á noite, a cada golo dos alemães, os gritos, os urros eram tais, que me vi transportado a Munique, a uma daquelas manifestações do terceiro Reich!


Saudações monárquicas 

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