segunda-feira, julho 08, 2013

Barrete encarnado ou cavalo de Tróia?!

Com a tourada a chegar ao fim, com o pó ainda a esconder os protagonistas, apenas nos é dado perceber que Portas (para salvar a face) foi obrigado a avançar para os cornos do toiro! Ora bem, esta é uma situação nova para ele, mais habituado a jogar nos bastidores, e a partir daqui qualquer prognóstico que se faça será sempre um exercício muito arriscado.

Mas eu gosto de arriscar, e assim, vislumbro para já dois cenários plausíveis, a que posso juntar um terceiro, digamos, bastante hipotético!

Vamos começar pelo hipotético: - este, a ocorrer, seria uma surpresa para todos, e admito que até para o próprio Portas! Dar-se-ia o caso de vermos emergir um grande estadista, que estabeleceria como prioridade a reforma do estado socialista, actualmente fonte de discriminação entre portugueses, e fonte de todos os nossos problemas. Aqui, a prioridade deve ir, não para os despedimentos na função pública, pois não estamos em condições de despedir ninguém, mas para uma batalha bastante mais árdua que é definir quem e em que circunstâncias (no futuro) pode e deve beneficiar de um vínculo à função pública.

Como sabem, porque já o escrevi, esta condição deve ser, por regra, um exclusivo das forças armadas (e de segurança), da magistratura, e pouco mais. Fora disto é manter o monstro e o polvo.

E porque estamos com a mão na massa, seria absolutamente vital avançar com a reforma do sistema político, propondo nomeadamente o fim das listas partidárias, verdadeiro cancro do sistema, grau zero de representação política, e grande responsável pela mediocridade dos actuais agentes políticos e pela desconfiança dos portugueses nos mesmos. Claro que esta proposta teria de ser viabilizada pelo PS, mas o que importa é que tem que ser apresentada por alguém, e ainda não foi.

Em resumo, se por hipótese, Portas fosse por este caminho estaria de facto a resolver o problema da dívida e ao mesmo tempo o tão propalado problema do investimento (e do consequente crescimento da economia) problemas que não se resolvem com discursos, mas apenas quando se criarem as condições prévias para tal.

Quanto às outras duas hipóteses, que considerei as mais plausíveis de virem a acontecer, ambas se inscrevem neste faz de conta em que vive o país há longo tempo. Será sol de pouca dura.

Quanto ao cavalo de Tróia…



Saudações monárquicas

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