quinta-feira, abril 25, 2013

Proprietários, inquilinos, familiares e amigos

A cerimónia cumpriu-se com a solenidade das coisas vazias. Obrigados a mote, a fazer lembrar a antiga união soviética, os presentes repetiram discursos e parábolas que podiam dizer tudo e nada ao mesmo tempo. A única oposição visível traduziu-se no uso (ou desuso) do cravo na lapela! Sintomático! E agente desconfia: - Para quê tanto partido! Para quê tanta gente a celebrar a democracia! Como se a democracia fosse uma opção de governo! Ou uma alternativa à dependência em que coabitamos! Como se a democracia estivesse em causa!


No entanto, para lá das aparências, todos sabiam qual era o seu lugar. A esquerda sabia perfeitamente que aquela cerimónia era sua e só sua. Por isso a direita não estava (nunca esteve) ali representada. O resto do pessoal não era de esquerda nem de direita, eram funcionários, inquilinos do estado, seus familiares e amigos. E esses aparecem em qualquer lado.


Se me perguntarem o que é que aquilo (aquela cerimónia) tem a ver com os interesses de uma comunidade histórica chamada Portugal?! Eu respondo: - não sei.






Saudações monárquicas

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