quarta-feira, abril 18, 2007

Os silêncios da esquerda

A esquerda em silêncio, está tudo calado, este silêncio lembra os primórdios da Casa Pia, alguns comunicados, poucas aparições, ouvem-se cães a ladrinchar ao longe, o cerco de mentiras ameaça estrangular o primeiro-ministro...quem diria, um primeiro-ministro que deu tanto trabalho a fabricar!...
Primeiro o ambiente, que está sempre na moda; não esquecer o futebol, na televisão, o Euro pago a peso de ouro, lembram-se?! Só eram precisos oito estádios para concorrer, mas nós oferecemos mais dois! A quem?!
Mas temos homem! O Santana não serve, não sabe fazer trapalhadas, não é de confiança, precisamos de jugular uma série de processos incómodos que estão a afectar a nossa gente, está decidido... e deposto. Belém conta connosco e nós contamos com a comunicação social. Ela será recompensada e há-de protegê-lo.
O perfil está traçado – a teimosia faz lembrar a obstinação de alguém que deixou nome, o ar possidónio confunde-se com o modernismo em vigor, saibamos tirar partido disso. O rapaz fala bem, muito importante num país de basbaques, nada de longas exposições em público, basta dizer o essencial, retirando-se de seguida em pose de estado!
Estava tudo a correr pelo melhor quando apareceu esta história das habilitações académicas, ponta de um iceberg gigante que o país de Abril esconde no seu bojo, e onde há de tudo, como na loja do chinês! A corrupção é apenas um detalhe, um estado de alma!
Um dia saberemos a verdade.
Por enquanto resta-nos adivinhá-la no silêncio do bloco, nas coisas ‘mais importantes’ para os comunistas, no centrão engasgado, na conversa dos advogados reitores, no sorriso amarelo de quase toda a comunicação social!
O tempo está belíssimo!

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