terça-feira, julho 25, 2017

Ciganos, multiculturalismo e outros equívocos…

Antes do mais uma afirmação categórica: - quem fabricou o Brasil tem pouco a aprender seja com quem for sobre ‘multiculturalismo’ ou outro palavrão do género. Com efeito, o Brasil terá muitos problemas para resolver mas nenhum tem a ver com a integração cultural. Dito isto convém acrescentar que o ‘milagre’ só foi possível porque nele participaram duas forças que são integradoras por natureza: - a monarquia e o catolicismo. Aliás toda a herança colonial portuguesa beneficia desses dois factores e é por isso que (ainda) não sofremos nas nossas cidades e vilas aquilo que outros povos colonizadores já vão sofrendo.

Mas o tempo passou e hoje vivemos em pleno período laico, republicano e socialista, trilogia fatal que nega a tradição e onde sobrelevam os aspectos impositivos e desagregadores. E podíamos começar pela França e pela incapacidade que revela para integrar os seus descolonizados islamitas, mas fico-me pelo exemplo mais comezinho dos ciganos que sempre aqui existiram e viveram!

E a pergunta é: - o que mudou afinal para os ciganos serem hoje um problema que não eram?! Ou dito de outra forma, porque é que o estado de direito não consegue (hoje) aplicar a lei aos ciganos?!

As respostas são todas elas más e nem o Ventura se salva! Explico: - o problema da integração só resulta se concorrerem duas situações: - a cultura da comunidade dominante (ou acolhedora, se preferirem) é suficientemente forte e clara em termos de princípios e valores partilhados e nesse sentido fácilmente assimilável por quem pretende integrar-se; e como segunda condição, porque é forte, resiste à tentação de liquidar a outra cultura, respeitando nela aqueles aspectos que identificam a diferença.

Ora não é nada disto que se passa em relação à nossa cultura onde a moda é aprovar leis fracturantes cujo nome diz tudo em termos de acolhimento geral. Portanto não se espere que comunidades que ainda respeitam as suas tradições se disponibilizem para se suicidarem colectivamente. Se nós estamos disponíveis para isso eles não estão. Daí também a atitude de contemporização do estado em relação ao incumprimento destas leis cada vez mais discutíveis e cada vez mais fracturantes. Sabendo disso, dessa fragilidade do estado, o cigano abusa ainda mais do incumprimento. E é nisto que estamos.

Aliás e porque o artigo vai mais longo do que eu queria termino com uma espécie de anedota que talvez nos faça pensar nos caminhos que queremos percorrer no futuro: - num dos dez mandamentos, Deus proíbe o homem de cobiçar a mulher do próximo. Mas tal mandamento só é possível de cumprir se a mulher do próximo não aparecer permanentemente semi despida (embora dentro da lei) à nossa frente!
Esta é a lógica da vestimenta das mulheres do Islão e também de muitas outras etnias entre elas a cigana.
E de novo a pergunta: - queremos cumprir o mandamento ou não queremos?! 


Saudações monárquicas

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