segunda-feira, janeiro 18, 2016

Tempo de interregno

Se há um tempo em que o interregno é mais gritante, mais trágico, é este das eleições presidenciais. No postal anterior já disse tudo o que havia para dizer, falta apenas vaticinar o próximo ‘inquilino’ de Belém! Meu Deus, como isto soa a luta de classes! Mas vamos lá aos vaticínios. Ora bem, não sendo possível sortear os candidatos, o que tornaria a escolha bem mais interessante, o vencedor está encontrado há muito. Chama-se Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa, nome próprio e apelidos cheios de contradições!

Será eleito à primeira volta beneficiando do facto de Costa ter dividido os socialistas ao anunciar a liberdade de voto. Marcelo em contrapartida não convocará eleições antes do tempo. Um pacto de fim de regime, ao melhor estilo da união nacional.

Os outros nove concorrentes, todos de esquerda, esforçam-se por existir, mas não existem. Ou são excessivamente aborrecidos, como Maria de Belém. Ou são excessivamente comunistas como Edgar Silva. Excessivamente generosos, (uma por todos!) como Marisa Matias. Ou excessivamente suspeitos como Sampaio da Nóvoa e os seus cursos de teatro!

Sobram os mais equilibrados – Henrique Neto, onde a direita (órfã) depositará alguns votos! Jorge Sequeira que usa óculos mas é do Boavista! Cândido Ferreira que denunciou o curriculum académico de Sampaio da Nóvoa! Paulo Morais que descobriu que havia corrupção em Portugal e por isso anda sempre de gabardina! E o Tino de Rans, que se fosse presidente faria cumprir a constituição na parte em que os deputados devem ser eleitos directa e pessoalmente pelos eleitores! Só por ter dito isto perdeu logo uma data de votos.

E pronto.



Saudações monárquicas

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