Se há um tempo em que o
interregno é mais gritante, mais trágico, é este das eleições presidenciais. No
postal anterior já disse tudo o que havia para dizer, falta apenas vaticinar o
próximo ‘inquilino’ de Belém! Meu Deus, como isto soa a luta de classes! Mas
vamos lá aos vaticínios. Ora bem, não sendo possível sortear os candidatos, o que
tornaria a escolha bem mais interessante, o vencedor está encontrado há muito. Chama-se Marcelo
Nuno Duarte Rebelo de Sousa, nome próprio e apelidos cheios de contradições!
Será eleito à primeira volta
beneficiando do facto de Costa ter dividido os socialistas ao anunciar a liberdade
de voto. Marcelo em contrapartida não convocará eleições antes do tempo. Um
pacto de fim de regime, ao melhor estilo da união nacional.
Os outros nove concorrentes,
todos de esquerda, esforçam-se por existir, mas não existem. Ou são
excessivamente aborrecidos, como Maria de Belém. Ou são excessivamente
comunistas como Edgar Silva. Excessivamente generosos, (uma por todos!) como
Marisa Matias. Ou excessivamente suspeitos como Sampaio da Nóvoa e os seus
cursos de teatro!
Sobram os mais equilibrados – Henrique
Neto, onde a direita (órfã) depositará alguns votos! Jorge Sequeira que usa
óculos mas é do Boavista! Cândido Ferreira que denunciou o curriculum académico
de Sampaio da Nóvoa! Paulo Morais que descobriu que havia corrupção em Portugal
e por isso anda sempre de gabardina! E o Tino de Rans, que se fosse presidente faria
cumprir a constituição na parte em que os deputados devem ser eleitos directa e
pessoalmente pelos eleitores! Só por ter dito isto perdeu logo uma data de
votos.
E pronto.
Saudações monárquicas
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