terça-feira, dezembro 31, 2013

Quarenta anos depois…

Não se trata de duplicar o romance de Dumas, cheio de mosqueteiros e espadachins, o que hoje aqui me traz, é um balanço, uma reflexão sobre mais quarenta anos do… mesmo! As semelhanças são fatais! Tal como a república anterior, que já durara mais do que o previsto, por força de uma guerra (subversiva) dirigida do exterior, também esta, a terceira, vai durando graças a um pacto de credores internacionais.
Em ambas a mesma triste coincidência: - sujeição, imobilismo, ausência de horizonte ou de futuro.
Não é que eu seja um adepto do futuro, igual àquelas pessoas que o imaginam sempre belo e risonho, em comparação com um passado sempre triste e atrasado! Não, para mim todas as épocas se equivalem, seja veículo a carroça, o motor a carvão ou a jacto. O que interessa é a consciência da situação, a nobreza do gesto, a soberania da comunidade. Assim haja comunidade.
Por isso, talvez só por isso, estamos pior que ontem, mau grado a solidariedade apregoada, oficial ou oficiosa. O que vemos é fraternidade postiça, desigualdade crescente, e liberdade minguante na cabeça de todos e cada um de nós. Tal como o peru, estamos prontos para a ceia. Há réveillons a duzentos euros por bico! Com direito a variedades. E estão esgotados! Pois que viva a crise! E o tribunal constitucional, que não deixa diminuir a despesa do Estado! Aumentar, sim!


Boas entradas e…saudações monárquicas. 

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Pré-natal

- Os professores deste país atrasado ainda não perceberam que reproduzem (em cada ano lectivo) o atraso em que vivemos. Provávelmente já terão recebido essa nefasta herança quando nasceram. Provávelmente. Mas a ideia que fica destes protestos não é brilhante. Parece menos uma manifestação corporativa e mais uma manifestação do funcionalismo público.

- MST ‘disparou’ contra o museu de CR 7 e esse tiro foi certeiro. Tem ainda a vantagem de ter sido o único a disparar e a acertar. De facto, não lembra a ninguém antecipar-se ao juízo da história e oferecer à sua terra um museu sobre si próprio! Enfim, um retrato fiel da nossa época. Bezerros de ouro e aduladores… aos molhos.

- Às vezes ponho-me a adivinhar como acabará a união europeia! Qual será a causa próxima! Que incidente a fará desmoronar mais depressa! E então surge em primeiro plano o jogo perigoso que Alemanha e o resto da união resolveram jogar com a Ucrânia! É que há muitas coisas que podem mudar, mas a geografia (e a geopolítica) não é uma dessas coisas.

- E termino com a originalidade de um penalty marcado a favor do Sporting, contra o Belenenses. A originalidade consiste no seguinte: - no momento do contacto (considerado faltoso) os protagonistas do lance estão fora do terreno de jogo… e a bola também!

Isto abre naturalmente as portas à marcação de penalties fora da grande área, digamos, por todo o estádio, desde que esse estádio se chame (obviamente) José de Alvalade.


Saudações monárquicas

segunda-feira, dezembro 09, 2013

O pensamento único

A democrática terceira república, com a sua revolução de Abril, fracturante, e a sua constituição socialista, sovietizante, será recordada por muito tempo, julgo eu, como a campeã do pensamento único em Portugal. Qual primeira república! Qual estado novo! Esta sim, nesta não se pode pensar, melhor dito, não se consegue pensar de outra maneira que não seja repetir (ad nauseam) a cábula oficial. Espécie de ditado que contamina todos os suportes mediáticos, chamem-se eles, jornais, canais de televisão, ou redes sociais. Uma unanimidade que até dói! Há excepções, honrosas, mas são excepções.

Veja-se o caso de Mandela, onde se chega a questionar, tal como na antiga união soviética, quem se atrasou no elogio, quem não disse exactamente aquilo que todos estão obrigados a dizer! Que nome damos a isto, digam lá?!

Quanto a mim, e cito o ‘Livro do desassossego’ – ‘este culto da Humanidade, com os seus ritos de Liberdade e Igualdade, pareceu-me sempre uma revivescência dos cultos antigos, em que animais eram como deuses, ou os deuses tinham cabeças de animais.’

E de forma mais prosaica acrescento: - será que existe alguém interessado em emigrar (agora) para esse paraíso de fraternidade (e segurança) chamado África do Sul?! Quem estiver interessado pode contactar-me.


Saudações monárquicas



Nota básica: Esta doença do pensamento único não é um problema português, nem sequer europeu, é uma epidemia mundial, embora se reconheça que em Portugal este tipo doenças realça o carácter indigente das suas elites. Porém a raiz do problema vai mais fundo, é uma consequência, como acima sugeri, da tentativa de substituir Deus pelo homem. Homem, que por maior que seja (e ironicamente, quanto maior se julga) não passa disso mesmo, de um homem. Uma caricatura de Deus. 

quinta-feira, novembro 28, 2013

Soares e a sua obra…

Anda o patriarca do regime muito zangado porque afinal as coisas não podiam correr pior! Mas Soares, e os seus apaniguados (ramalhos, ramalhetes e companhia) só não gostam dos efeitos, porque continuam (teimosamente) a amar as causas. Mas será apenas teimosia?! Não creio. O drama é maior, a religião que professam, a tríade jacobina - ‘liberdade, igualdade e fraternidade’ - tem sido um fiasco para os países que a abraçaram, e por consequência tem sido um fiasco para o mundo. A liberdade que proclamam (para tudo e mais alguma coisa) deu em droga, aborto, e servidão; a famosa igualdade criou as maiores desigualdades de que há memória no planeta; e a fraternidade, irmã, prima, filha, enteada das outras duas, não existe, nunca existiu… a não ser para os confrades. 
Portanto, nada a fazer, a não ser olhar para as causas, porque os frutos que recolhemos, e que tanto exasperam Soares, não podiam ser outros.


Saudações monárquicas  

quarta-feira, novembro 20, 2013

“Eu estou aqui…”

Este, o grito de guerra de Cristiano Ronaldo a cada golo que infligia aos pobres suecos, cuja equipa, homem por homem, fica muito aquém do preço milionário do onze português. Por isso não se entendem as dificuldades extremas no apuramento para o mundial que se realiza no Brasil. Num grupo onde a nossa selecção era indiscutivelmente a mais apetrechada. Mas nós gostamos de sofrer, faz parte da natureza do povo.
Felizmente, acabou bem. Até porque este é um mundial onde não podíamos faltar – a verdade é que (ainda) somos a potência colonizadora. Por muito que desagrade a muitos brasileiros e estranhamente a alguns portugueses.
Vamos então valorizar a vitória de ontem, sempre difícil, quando jogamos fora de casa e temos pela frente uma equipa modesta, é certo, mas combativa. Os portugueses que jogaram também o foram, pode dizer-se que deram o litro. E Cristiano Ronaldo, desta vez, esteve lá!


Saudações desportivas

terça-feira, novembro 19, 2013

Um país de costas…

A frase é de Pessoa quando se referia ao país refém de alguns ‘Costas’ de apelido. O alvo do poeta era na altura Afonso Costa, ídolo dos jacobinos, mas teria também em mente o Costa regicida, para não falar de outros, amados por poucos e detestados por muitos.
O meu alvo é mais recente, embora seja uma continuação, um novo capítulo da saga dos 'Costas', e o protagonista é um dos manos omnipresentes – o Ricardo! Jornalista, comentador, de tudo e mais alguma coisa, política, finanças, educação, saúde, especialmente da nossa, o homem não pára! Até que escreveu um livro! Um manual para percebermos o que se passa à nossa volta! Livro que mereceu, para meu espanto, uma crítica positiva de um jornal católico que subscrevo! Incrédulo, fui ler as gordas, fiquei esclarecido. VPV numa das suas crónicas no Público esclareceu o resto – se o ridículo matasse este Costa já era. Mas não mata e vamos ter que o aguentar, em cada programa da SIC, em cada notícia do Expresso, e finalmente, nas montras das livrarias e nos quiosques.
Fugir?! Emigrar?!
Já é tarde.



Saudações monárquicas 

quinta-feira, novembro 14, 2013

Assis… ‘Allons enfants de la Patrie…’

Este Assis é daqueles que não engana. O nome, inspirado, tem pouco a ver com o personagem. Trata-se de um jacobino eloquente, moderado até certo ponto, o pior é quando se toca no ponto! No ponto da famosa ‘liberdade, igualdade e fraternidade’, cartilha de todos os socialismos, desde os mais ferozes (na aparência), aos menos ferozes, também na aparência.
Ora bem, hoje, o que me faz perder tempo com Assis, é o facto de ele escrever num jornal que às vezes leio. E não devia ler. Refiro-me ao ‘Público’.

E para saber de Assis basta ler o seguinte: - “Se há batalha política que a esquerda democrática deve travar é precisamente esta, a da defesa da escola pública de inspiração republicana, indispensável à afirmação de uma comunidade de cidadãos livres e iguais”!

Cristalino! Com um senão! Não sabemos a que comunidade histórica se refere! Se à liberdade do paraíso soviético, se à fraternidade da primeira república, ou se à sistemática desigualdade que a escola pública (portuguesa) generosamente produz! Recorde-se, a propósito, o actual fosso entre ricos e pobres sem paralelo na Europa. Ou será ainda a nostalgia do invasor napoleónico que espalhou a liberdade e a igualdade de acordo com o seu alto critério! Sem esquecer a fraternidade.

Saudações monárquicas



Nota básica: A história ensina que com os socialistas no poder o Estado nunca diminui, cresce sempre. Quem o sustenta são os impostos. Quem lucra com a situação são os ‘donos da bola’. Para bom entendedor…  

sexta-feira, novembro 08, 2013

A greve geral como solução!

Ainda há dias, e pela boca do ministro da educação, ficámos a saber que se estivéssemos um ano em casa, quietos, sem fazer ondas, essa seria uma boa solução para resolvermos o problema da dívida. Dívida que nos sufoca a todos no presente e há-de sufocar as gerações futuras.

Portanto esta greve geral da função pública é bem-vinda, inscreve-se nesse desígnio nacional, e só é pena que seja tão curta. Eu bem sei que a greve atrapalha a vida das pessoas que querem trabalhar, estudar, etc. Mas já imaginaram quanto poupávamos se as empresas públicas de transportes, por exemplo, que estão completamente arruinadas (e que todos os dias se arruínam mais) já imaginaram, dizia, se elas parassem um ano! Imaginem até que nem existiam! E que no seu lugar haveria outras empresas, mas privadas, concessionadas, seja lá o que for, mas cujos prejuízos não seriam da nossa conta! Já imaginaram!

E podem imaginar que o mesmo podia acontecer, por exemplo, na dita educação pública! Imaginem que aprender a ler e a escrever podia ser uma actividade que o estado garantia mas sem se envolver directamente no assunto. Ou seja, os professores não tinham que ser funcionários públicos e os conteúdos (impingidos às criancinhas) não tinham que ser laicos republicanos e socialistas! Já imaginaram o que se poupava, por um lado, e o que se ganhava, por outro!
Não sendo assim, o melhor é fazerem greve, poupa-se na electricidade, e poupam-se os alunos. Evitando, nomeadamente, que reproduzam, quando forem adultos, o erro que nos consome há larguíssimos anos.
Quem sabe não conseguíamos sair deste túnel onde nos meteram!


Saudações monárquicas

sexta-feira, novembro 01, 2013

De guião em guião…

Se eu deixasse falar o socialista que há em mim, diria: - não gosto de ter patrão, ninguém gosta, e se for para ter um, que seja o estado, do qual aliás sou accionista maioritário. Por isso ninguém tem legitimidade para me corrigir, ou sequer para me despedir. Só se houver eleições e ganhar um partido, que em campanha eleitoral, proponha (claramente) o fim da discriminação positiva que protege os funcionários públicos. Ora como todos sabem, esse partido não existe. Estou portanto, seguro. Passe o pleonasmo.


Saudações monárquicas

segunda-feira, outubro 28, 2013

Os vencedores têm sempre razão!

Vivemos ainda no pós-guerra. Os vencedores são conhecidos: - todos os socialismos, desde os democratas americanos, aos democratas soviéticos, passando pelos franceses repescados para a fotografia, e claro, os inevitáveis ingleses. Por trás, cavalgando a onda vitoriosa, surge o vitimismo judaico, que ao contrário do cristão, alimenta ódios e vinganças. A propaganda não pára, são livros, são reportagens, são filmes, são mausoléus, mas são sobretudo perseguições cruentas que só descansam quando o antigo ‘inimigo’, é finalmente crucificado no altar da ‘justiça’ judaica. Vale aqui a frase de Marguerite Yourcenar – ‘a justiça, essa eterna fugitiva do campo dos vencedores’. 

A introdução ocorreu-me a propósito das notícias sobre as escutas telefónicas americanas! Escutas que o inefável Obama, ídolo europeu, grande campeão dos direitos humanos, terá incentivado, a tudo e a todos, aos potenciais terroristas, aos aliados, aos amigos, a mim próprio, bastando para isso pronunciar (cruzar) três ou quatro palavras-chave! Em nome da justiça americana. Ou será em nome da justiça divina, devidamente interpretada por quem tem acesso (privilegiado) à própria divindade?! 
Estranho ódio, estranho instinto persecutório, estranha coincidência! 

Saudações monárquicas

sexta-feira, outubro 25, 2013

Catálogo de emoções

Começamos pelo provinciano rosa choque, que se julga chique quando usa uma linguagem vulgar, para não lhe chamar ordinária. Ordinária no vocábulo, no estilo, no espírito. Se pudesse imaginar os estragos perpétuos que a sua imagem há-de sofrer por causa daquela entrevista, estou convencido que nunca teria aberto a boca. Mas abriu e o mal está feito. Ou então estou enganado e fez de propósito! Um género de fuga para a frente, único caminho face à quantidade de anti-corpos que foi semeando desde os tempos de ministro do ambiente até ao seu desempenho como chefe do governo onde (sempre que pôde) se arvorou em campeão das causas fracturantes. Fracturante é afinal o seu cognome e fracturante será o seu destino. Resta-lhe pois o papel de líder de um desses pequenos partidos que resultarão da mais que certa fractura quer do PS quer do PSD. A história repete-se... e assim acabará o regime. Fracturado. 

Saudações monárquicas

sábado, outubro 19, 2013

Ponto de rebuçado!

Estamos quase lá, basta ler alguns editoriais, o melhor de todos assinado por VPV no Público – ‘a classe média do estado’. Lê-se rápidamente,  são três colunas lúcidas que fazem a história do monstro burocrático, que explicam a nomenclatura republicana, que explicam a crise permanente. Mas pior, explicam também como é impossível acabar com ela. A não ser pela força…

Reforma do estado?! Deixa-me rir, é irreformável, tínhamos que mandar uma série de gente para o desemprego, gente que não sabe fazer mais nada, que vive dos impostos como se fosse uma renda vitalícia, gente formatada para isso, e que se acha com direito a isso! É vê-los, hoje por exemplo, a clamarem contra quem se atreva a mexer uma palha, contra quem se atreva a mexer na constituição, contra quem se atreva a mexer nos seus direitos… que são afinal os deveres (perpétuos) de outros portugueses, que não comem, mas têm que pagar a conta como se comessem!
Este é o ditoso estado republicano muito amado por quem se serve dele e que… ‘finge que o serve’.


Saudações monárquicas

sábado, outubro 12, 2013

Passos salvador!

O tema tem sido glosado por escribas e senadores, e todos concluem que o nosso primeiro está convencido que vai salvar Portugal! Salvar Portugal de si mesmo, dos maus hábitos gastadores, da tendência para a prática de negócios ruinosos, dos defeitos hereditários, etc.! Igualmente concluem, escribas e senadores, que Passos não se enxerga, não repara na dimensão do seu cérebro, etc. etc.
Pela minha parte, não pondo em causa a opinião de tantos e tão reputados analistas, quer nos propósitos ministeriais, quer nas conclusões cerebrais, tenho que dizer que simpatizo com o primeiro-ministro! Há alguma ingenuidade na sua postura, e o facto de estar cada vez mais isolado dá-lhe uma certa independência, o que também me agrada! Mas sinceramente… não se pode salvar Portugal, ou qualquer outro país sem tocar nas causas essenciais do fracasso. Por outro lado, para salvar seja o que for é sempre preciso pedir sacrifícios à população, sacrifícios que valham a pena. E é aqui que Passos falha: - pedir sacrifícios às pessoas em nome de um défice menor no futuro, garantir que não teremos segundo resgate, seja lá o que isso for, ou acenar com um amanhã radioso em que haverá dinheiro para beber mais uma bica e comer mais um queque… isso não chega! Assim ninguém se quer salvar. Quando muito pode haver algum aumento no consumo de calmantes e antidepressivos.


Saudações monárquicas 

terça-feira, outubro 08, 2013

Cinco de outubro etc, e tal...

Imagens cavernosas a recitarem a 'ética republicana', com o presidente Cavaco, convicto, a repetir o slogan! E eu a pensar nos criminosos que assassinaram o rei, a família real, nas quadrilhas que assaltaram o poder, na desordem, nas matanças dos próprios correlegionários, Sidónio, Machado dos Santos, "o herói da rotunda", etc., etc... E Portugal na terceira divisão, intervencionado, vítima sem dúvida da tal "ética"! Resumindo, um país sem soberania, a soberania que qualquer rei assegura!

Depois do regime da "ética" falemos agora do governo republicano que pelos vistos sofre da mesma doença... ética! Então não é que assestou baterias contra os reformados e pensionistas! Contra os velhotes indefesos, que já não têm margem de manobra, que já não podem trabalhar nem emigrar! E para quê?! Para arrebanhar uns tostões envenenados! Para dar razão aos profissionais da contestação cujo único objectivo é manter tudo como está?! Melhor seria, penso eu, aceitar os erros do passado, aceitar que não é possível, em nome da ética (aqui sim, a palavra tem sentido) mudar as regras a meio do jogo, defraudando as expectativas legítimas de tanta gente. Depois de aceitar isto, estará então em condições de apontar o dedo aos verdadeiros responsáveis, estará em condições de explicar aos portugueses a origem dos erros (e dos abusos) que nos levaram a esta situação catastrófica.

Pode até fazê-lo em jeito de adivinha, que as pessoas percebem: - qual é coisa, qual é ela que começa por 'r' e acaba em 'c'?! Branco é, galinha o põe - é o 'r' de regime, e o 'c' de constituição! A conclusão surge lógica - portanto, sem mudar o regime e a constituição que o suporta, nunca será possível efectuar qualquer reforma do estado. É este o discurso que o governo tem que assumir, quer para consumo interno quer para consumo externo. A linguagem da verdade é sempre boa, os credores apreciam, já devem estar fartos das nossas patranhas! Talvez assim nos concedam mais tempo, talvez assim nos dêem mais crédito.

Saudações monárquicas

segunda-feira, setembro 30, 2013

Se vieres inteiro… levas mais votos

Para a próxima não tragas a bandeirinha do partido porque isso é um peso morto que só atrapalha. Liberta-te dessa escumalha, candidata-te por ti, sem peias nem amarras, diz claramente às populações o que tencionas fazer. Serás recompensado. Não é assim, Porto! Não é assim, Matosinhos! Não é assim, em tantos outros sítios onde as listas e coligações de independentes acabaram por triunfar! Mesmo quando se tratou de candidaturas partidárias ganhadoras pode dizer-se que foi o valor intrínseco do candidato que fez a diferença. Ou seja, ganhariam sempre. Foi esta a mensagem que ficou destas eleições autárquicas, mais locais do que nunca, e é assim que deve ser. Os partidos, e o sistema partidocrático, não devem portanto cantar vitória (nenhum deles) e se tiverem juízo (o que duvidamos) podem tirar ilações para o futuro. O que também duvidamos. Uma última nota para realçar dois casos, um que me alegra, outro que me incomoda. A alegria resulta de contra tudo e contra todos, o ‘fantasma’ de Isaltino ter ganho a Câmara de Oeiras. Mesmo atrás das grades o homem mostrou a sua força… pessoal e intransmissível! O caso que me desgosta é o Costa de Lisboa. Sempre gostei do Costa do castelo (do filme) mas deste Costa, segundo consta (ou segundo Costa), da dinastia dos Costas regicidas, não gosto. E se faz todo o sentido colocar um descendente de regicida na presidência da república (que me perdoem o humor negro) faz menos sentido dar-lhe mais uma chance para destruir Lisboa. Eu bem sei que a Câmara de Lisboa é tradicional bastião da maçonaria e da carbonária. Sei tudo isso. Foi a partir daí que assaltaram o poder em Portugal. Mas eu estava a pensar na bela cidade onde nasci… Saudações monárquicas

quinta-feira, setembro 26, 2013

Tempo outonal

Só para dizer o seguinte: vocês sabem, não há solução para este país, a não ser pela força. Nem vai ser preciso muita, isso também é sabido. Como sempre acontece, o regime, esta espécie de regime, irreformável, cairá de podre e a história há-de repetir-se. A causa próxima que ditará o seu fim é bem capaz de ser um 'ultimatum', a dívida como pano de fundo. O que irá passar-se a seguir, cá dentro, não depende de nós. Depende dos aliados disponíveis.


Entretanto os sintomas da crise agravam-se, estão à vista de todos: - as eleições autárquicas, confrangedoras, só interessam à nomenclatura, ou seja, aos responsáveis pela situação confrangedora a que chegámos! Os portugueses escondem a cabeça na areia, não querem enfrentar a realidade. E para quem dizia que o 'estado novo' usava o futebol, a religião e o fado para alienar 'o povo', deve estar arrependido do que disse. Com efeito a alienação generalizou-se a todos os estratos da população e o futebol, pode dizer-se, transformou-se numa 'religião de estado'! Religião com os seus deuses e os seus demónios, fácilmente identificável - colorida de verde e encarnado, com sede na capital. É uma característica dos regimes de partido único, ao estilo soviético, prato do dia servido a todas as horas, intervalado pelas telenovelas! Dir-se-á que esta é uma doença da civilização, que não é apenas oriunda do rectângulo. Admito que sim, mas aqui a doença é mortal. E quem me há-de contrariar face aos últimos episódios de uma história absurda que mete um avançado do Benfica que quis bater no seu treinador e depois o vem defender quando este resolveu bater na polícia! Claro que o melhor de tudo vai ser o final (como acontece em qualquer telenovela): - a polícia é desmentida e castigada, o treinador e o avançado fazem as pazes e recebem enorme ovação do estádio inteiro, de pé! Se calhar tenho jeito para fazer guiões de telenovelas.


Saudações monárquicas 

sexta-feira, setembro 13, 2013

A Síria e o Pingo Doce!

Começo pela aliança entre o merceeiro-mor do reino e o socialismo romântico, proximidade que desembocou naturalmente numa fundação! Discute-se a Pátria (reduzida a patacos), discute-se a 'pátria europeia', a 'pátria do euro', a 'pátria exportadora', a 'pátria do estado social'. Com tantas pátrias... ninguém quer discutir política. Logo, ninguém quer discutir o regime laico, republicano e socialista, muito menos a constituição que o consagra. Para colmatar a terrível falha embrulham-se no chamado 'projecto europeu', banha da cobra que serve para tudo e para o seu contrário! A plateia (leia-se: - a nomenclatura que esta terceira república pariu), anda murcha, está menos entusiasmada com a Europa! Descobriram, finalmente, que aquilo não é um albergue. Ainda assim, quando o orador se torna mais obscuro, ouvem-se palmas!
Mas vamos lá então descobrir o que será esse tão almejado (e original) projecto europeu?! Escarafuncho na memória, mas só me aparecem napoleões! Depois houve o império inglês, antes tinham sido os espanhóis, e nós, no século XV, também tentámos encabeçar um projecto europeu. Lembram-se?! Ou seja, o projecto europeu é sempre uma união forçada pelas circunstâncias e cuja liderança cabe ao país europeu mais forte na altura. No limite, zangam-se todos, refazem-se as antigas alianças, e eu só espero que Portugal não se engane quanto aos seus interesses estratégicos. Nesta matéria, vale a pena citar o Rei Dom Carlos: - 'podemos estar de mal com todo o mundo, menos com a Inglaterra e com o Brasil'. Actualizando a citação: - e com os restantes povos (hoje países) que connosco conviveram durante quinhentos anos.

A Síria fica para a próxima.

Saudações monárquicas

segunda-feira, setembro 09, 2013

Mudando de assunto



Fogos florestais, não! Ponham pastores e ovelhas no lugar dos pinheiros, no deserto dos eucaliptos, ponham lá gente a viver, como antigamente, livrem-me rápidamente dessa riqueza florestal imensa, incontrolável, porque eu não tenho dinheiro para ser tão rico! Não tenho dinheiro para pagar três meses (por ano) de fogos florestais!



Judite e Seara, não! Marcelo, também não! O engraçado (esquerdista) do gato fedorento, idem! E mais uns quantos residentes na televisão, não, não e não! Façam um intervalo, um interlúdio, o programa segue dentro de momentos. Momentos que durem séculos.



Há mais, mas agora não me apetece.





Saudações monárquicas





Nota básica: Como se constata, as férias não fazem bem a ninguém.

quinta-feira, agosto 15, 2013

Finalmente!

Férias, varrer a testada, baldear o convés, limpar a cidadela dos últimos micróbios, sentir a frescura da maré, dizer a tudo que sim, quase tudo, fechar os olhos para ver mais longe e pronto.
‘Cesse tudo o que a musa antiga canta…’, cesse o ruído de fundo que a TV transmite e se não é a TV é quem a viu na véspera, sigam (sem eu os ver ou ouvir) os jogos infantis, florais, tudo a fingir, siga a marcha triunfal para lugar nenhum, siga tudo isso, que eu estarei aqui, ausente, nas minhas férias grandes, que deviam ser eternas, iguais á promessa do paraíso. A quebrar a disciplina (eu disse disciplina?!) desta pequeníssima aventura, a mórbida necessidade deste anúncio! Questão de hábito.


Saudações (por uma vez… sem ser monárquicas) 

terça-feira, agosto 13, 2013

O vício autárquico

'Pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita' e por isso a lei de limitação de mandatos irá ser contornada, com a razão de uns e sem a razão de outros. Com a razão daqueles que invocam a vontade dos eleitores como suprema razão para não haver limitação de mandatos e sem a razão daqueles que aceitam a limitação de mandatos e resolvem candidatar-se no concelho do lado! Ou até mais longe, como se fossem profissionais autárquicos, um pouco à maneira dos técnicos de contas, dos médicos ou dos jogadores de futebol que podem representar qualquer clube e jogar em qualquer campo! Mas se isto não é trair completamente o espírito de uma candidatura local, então vale tudo, e já nada distingue uma eleição autárquica de uma eleição para a assembleia nacional! Pois foi aqui que o pau nasceu torto e ninguém o quer endireitar. Porque ninguém tem coragem para retirar os partidos políticos das suas coutadas eleitorais, coutadas que são o contrário da democracia.
Portanto, estejam descansados que não haverá surpresas.

Saudações monárquicas

sexta-feira, agosto 09, 2013

Os éticos…

Esta história da ética começou antes, nasceu longe do coração dos homens, bem perto das vísceras onde habitam os vermes. Os vermes existem, fazem parte da lógica fatal que nos consome, renascem todos os dias, e renasceram este ano na prova de português. Os dois textos escolhidos para os alunos decifrarem foram: - um excerto dos Lusíadas, e o ‘Felizmente há luar’. Resumindo, um texto patriótico, a puxar pela auto-estima dos portugueses, e um texto de propaganda maçónica, para lavar o cérebro aos alunos. Para quem não saiba, o pedreiro livre Gomes Freire de Andrade, serviu no exército de Napoleão Bonaparte, e nessas circunstâncias foi acusado de alta traição à Pátria, sendo por isso executado. ‘Felizmente há luar’ é frase que o autor (Sttau Monteiro) atribui aos executores no sentido de que a claridade dessa noite terá facilitado a dita execução. Esta é a parte mórbida da história real que Sttau Monteiro aproveita para vitimizar o réu, amigo dos invasores, e ao mesmo tempo diabolizar quem o sentenciou. E assim, em Lisboa, o traidor tem nome de rua, e é por um triz que o invasor napoleónico não tem nome de praça ou avenida! Ou se calhar tem e eu não desconfio!
É por estas e por outras que os alunos recusam o conhecimento e instintivamente se afastam das patranhas que lhes querem impingir. E é por estas e por outras que os actuais pedreiros livres não largam mão do conceito ‘educação pública’. Leia-se antes - propaganda ético-republicana. Estilo século dezanove!


Saudações monárquicas

segunda-feira, agosto 05, 2013

O ‘Royal baby’ que não temos!

Que não temos porque não queremos! Mas que adoramos ter o que é dos outros! Que nos derretemos a ver, a comprar revistas, para copiar ou simular que temos… aquilo que não temos! E não queremos porque a minoria que domina o país não quer, pois isso poderia pôr em risco os (seus) interesses instalados. Interesses que há muito ocupam o aparelho de estado, que há muito detêm o poder político e judicial. E de facto, seria um enorme risco, coabitar com alguém (o rei) que por natureza, não é subornável, nem se deixa condicionar. Não é subornável porque não deve o seu lugar a ninguém, a nenhum partido, a nenhum colégio eleitoral, a nenhuma maioria (sempre transitória), a nenhum lobby, a nenhuma corporação ou irmandade. Deve o seu lugar a um vínculo, vínculo esse, que nasceu com a própria comunidade. E a todos representa. Os vivos, os que já morreram, os que ainda não nasceram.
Portanto e concluindo, não temos o futuro garantido porque não queremos. E chegámos à triste situação de protectorado porque nos recusamos a responsabilizar (e a rever) o sistema político que temos, preferindo culpar os mercados, a Alemanha, o vizinho, etc.! Mas sabemos que isso não é verdade. É a nós próprios, voltados para o espelho, que devemos pedir responsabilidades.
Com um ‘Royal baby’ teríamos estabilidade, unidade, independência, e voltaríamos a ser (de novo) ‘um imenso Portugal’!


Saudações monárquicas

sexta-feira, agosto 02, 2013

Governantes, precisam-se!

Penso que está na altura do governo pôr um anúncio deste tipo: - precisa-se de governante, para qualquer pasta, desde que reúna as seguintes condições – não precisa ser competente, basta que tenha um passado limpo e entende-se por passado limpo, não ter feito nada na vida. Pois é essa a melhor garantia de nunca ter feito nada que desagrade à esquerda. E o que é desagrada à esquerda?! Isso varia muito. Por exemplo, os swaps são hoje altamente suspeitos e tóxicos! Mas não eram quando o partido socialista era governo! Pede-se ainda ao candidato que inclua no seu processo todos os elementos que consiga recolher, sobre a sua infância, se comia a sopa toda, opiniões dos colegas de turma, comportamento no recreio, etc.

Saudações monárquicas



Nota: Tudo isto me faz lembrar o filme do Peter Sellers – ‘Bem-vindo Mister Chance’ – filme retirado de uma obra de ficção em que um anormal, sem passado, foi considerado a melhor escolha para candidato à presidência dos Estados Unidos. Em Portugal já não é ficção.   

quarta-feira, julho 31, 2013

Comissões de inquérito!

Mais uma comissão, mais um tabuleiro onde se prolonga a luta partidária, como se o hemiciclo não chegasse e sobrasse! O cerimonial repete-se, os deputados da nação, deputados de lista partidária, fingem-se justiceiros, quando não fazem outra coisa senão politica. O histórico destas comissões de inquérito não me desmente, ou seja, o relatório final há-de corresponder à relação de forças, não entre a verdade e a mentira, mas entre as respectivas forças partidárias. Resumindo: - a oposição não ganhará grande coisa com o assunto uma vez que a maioria que suporta o governo é isso mesmo, uma maioria. Resta a chicana política que a esquerda aproveitará até ao limite contando para isso com a preciosa ajuda da comunicação social.

Termino com uma pérola informativa com origem na ‘SIC notícias’, (jornal da tarde de hoje): - a locutora de serviço transmite os últimos números sobre o desemprego, que baixaram umas décimas, a mensagem é rápida, demora uns segundos. Mas a notícia sobre o desemprego só fica completa depois de alguns minutos de lenga-lenga para acentuar o facto de estarmos mal colocados em termos europeus. Já estávamos, antes desta ligeira melhoria, mas o que interessava era desvalorizar o governo.


Saudações monárquicas

segunda-feira, julho 29, 2013

Os policias das almas!


É uma herança das alcoviteiras, uma táctica (suja) para abater adversários politicos, normalmente quem a utiliza passa a vida a amaldiçoar a antiga Inquisição! Freud haveria de explicar isto, eu não. São uma espécie de zelotas, guardiões desta república decrépita, seres puros que se horrorizam com a impureza circundante, resumindo, são os partidos e os politicos que temos! 
Neste momento o alvo a abater é a nova ministra das finanças que segundo os acusadores, terá cometido o crime infame de mentir a uma daquelas comissões que funcionam na assembleia da república. Comissões essas que tem duas funções fundamentais: - por um lado disfarçam o ócio parlamentar e por outro não dão sossego aos governos que tenham a veleidade de governar! Ou seja, ministro que ameace a paz podre em que vivemos é regularmente convocado pelas ditas comissões. É o caso. E assim entramos decididamente no território do ridiculo. Toda a gente fala em 'swaps' (nem sei se está bem escrito!), toda a gente assume um ar grave, os locutores da televisão, coitados, repetem a gravidade, e o país real vai à praia!
Que país é este?!
Portugal.

Saudações monárquicas

segunda-feira, julho 22, 2013

Sementes...

Cavaco disse que a sua iniciativa deixou sementes e talvez tenha deixado, mas será que alguma irá vingar?! É certo que fragilizou os partidos e isso não é boa semente. É certo que os convocou para a resolução da crise, e essa já é boa semente. É certo que reconquistou algum espaço de manobra, mas essa semente, esse espaço, vai servir para quê?! Para melhorar o seu curriculum?! Para efeitos de reforma histórica?! Ou, pelo contrário, será um primeiro passo na direcção certa, a pensar sobretudo no futuro do país?!

Ora bem, do que ouvimos, ficou a impressão desagradável da ‘evolução na continuidade’. Mas se calhar não pode ser de outra maneira, e se for assim, vou manter a ‘impressão desagradável’!

Posso fazer perguntas… mas a quem?!

Será que nunca poderemos ser como os outros países de ‘média dimensão’, para usar uma expressão de Cavaco?! Ou pelo contrário, e o presidente não disse, não temos dimensão para beneficiarmos de um sistema politico saudável, com partidos de esquerda e direita, num leque equilibrado, à semelhança de outros países (europeus) da nossa dimensão?! Clarificando, será que estamos condenados à ditadura da união nacional?! 

E vou repetir-me: - acham normal, saudável, a existência de tantos partidos, e vozes, de esquerda (só em moções de censura é uma goleada = 5x2!), e ainda assim não querermos (ninguém quer) que a esquerda governe?! Acham isso normal, acham que isso é politicamente saudável?! Por último, será que o tão exaltado ‘serviço nacional de saúde’ não dispõe de uma verba para resolver, à escala nacional, este problema psiquiátrico?!

É o que me ocorre escrever, hoje, na areia, esperando que próxima maré apague as minhas dúvidas.



Saudações monárquicas

quinta-feira, julho 18, 2013

Nódoas democráticas

Sobe hoje á cena em São Bento (AR) mais uma exibição anedótica sobre a não representação! Puro teatro do absurdo, género aliás muito apreciado pela classe política que temos. A peça chama-se: - ‘moção de censura’ e a encenação está a cargo de um agrupamento, também absurdo, denominado ‘os verdes’!

Podiam ser encarnados, amarelos, cor de burro quando foge, tanto faz, porque a verdade nua e crua não se altera pela cor. Explico: - estes ‘verdes’, em mais de trinta anos de democracia, nunca se apresentaram a eleições directamente, e portanto ninguém sabe, nem eles, qual o seu verdadeiro peso eleitoral! Admito até que se arriscassem esse exercício, ou seja, se deixassem os eleitores tomar uma posição sobre o assunto, afinal, a essência da democracia, admito, dizia, que poderiam exceder todas as expectativas, inclusivé chegar à maioria absoluta! E quem sabe, talvez assistíssemos todos, de boca aberta, à indigitação de Heloísa Apolónio para primeiro-ministro! Mas assim, escondidos, com medo das urnas, são uma nódoa democrática. Mas atenção, a responsabilidade maior pelo embuste cabe ao PCP, também ele escondido numa ‘Aliança Povo Unido’, que se destina apenas a disfarçar a incómoda ‘foice e martelo’ que, bem vistas as coisas, já viu melhores dias. Mas como ninguém se importa e é legal… siga a marcha. O pior é que a nódoa fica.





Saudações monárquicas

terça-feira, julho 16, 2013

Jogos bizantinos

Se a situação fosse outra poderíamos ser levados a acreditar que se trata de jogos infantis, mas não, isto é a sério, ninguém se quer comprometer com nada, com nada de concreto, aliás ninguém acredita que haja salvação, quer para Portugal quer para a união europeia. Mas também ninguém ousa proferir a palavra sacrílega - o rei vai nu! Preferem empatar o jogo até ao fim e depois seja o que Deus quiser. A realidade também não ajuda pois temos hoje uma soberania muito diminuida. Diminuida porque fazemos parte da UE, diminuida porque fazemos parte do Euro, e mais diminuida ainda porque estamos falidos. E sendo assim a cultura de submissão instala-se e não há nada a fazer.

A não ser dizer a verdade, alguém que diga a verdade aos portugueses, que diga que vivemos num estado socialista típico, onde uma minoria, a nomenclatura, comanda tudo o resto. Minoria apoiada numa constituição intencionalmente kafkiana, onde se pode ler tudo e o seu contrário, porque o que interessa não é quem a lê, mas quem está autorizado a interpretá-la. E quem a interpreta é quem dela beneficia. E então pergunto eu: - nestes conciliábulos partidários já alguém ouviu falar em rever (em processo de urgência) a dita constituição?! Claro que não ouviu nem ouvirá. O que significa que o regime não se reformará por dentro. Só alguém de fora, e depois de uma convulsão lá fora (leia-se europeia), poderá ter condições para obrigar o país a andar para a frente.


Saudações monárquicas


  

sábado, julho 13, 2013

Entretanto os juros subiram...

Enquanto bruxos e adivinhos descobrem, todos os dias, novas virtualidades no discurso de Cavaco, os juros vão subindo! E vão subindo tal como subiram com a demissão de Portas! E são os mesmos juros, recorde-se, que não subiram com a demissão de Gaspar e que até desceram com a hipotética subida de Portas a vice primeiro-ministro. Os juros lá sabem porquê.

Veremos, entretanto, se as iniciativas do presidente da república não acabam por fragilizar ainda mais a direita. O CDS que se cuide. O melhor é pensar já em ocupar o seu lugar, vazio, à direita do bloco central, na oposição ao governo, evitando assim, patrióticamente (e fala-se tanto de patriotismo!) que a esquerda, à esquerda do PS, fique sozinha a receber os juros da oposição.

Saudações monárquicas



O discurso

Foi tão claro
Que se tornou obscuro
Foi tão duro
Que se tornou tão raro
Foi tão raro
Que se tornou poeta
E ficou claro
Que a vida está preta!

Foi tão esperto
Que se tornou casmurro
Num deserto
Quer fazer um lago
Dum camelo
Quer fazer um burro!
E dum burro quer fazer
Um sábio!

E se é certo
Que o regime errado
Faz de nós
Um protectorado
Só um rei
Da grei aliado
Poderá

Mudar este fado!

quarta-feira, julho 10, 2013

O mestre da fragilidade!

Foi tão claro que se tornou obscuro! Foi tão simples que se tornou complicado! No fim de contas ficaram todos pior do que estavam. Incluindo o presidente da república!
Ficou mais fragilizado o governo numa altura em que precisava de força! Ficaram igualmente mais frágeis todos os que reclamavam eleições imediatas. Curiosamente, e sem dar por isso, Cavaco também fragilizou os adeptos da estabilidade uma vez que acabou por marcar uma data para as próximas eleições! E finalmente ficaram pior que estragados os partidos liminarmente excluídos de qualquer solução política futura. Não é que não mereçam, mas não havia necessidade de ser tão explícito.
Resumindo e concluindo: Temos um governo a prazo, em gestão corrente, temos eleições marcadas para daqui a menos de um ano, com tudo o que isso significa! De concreto não temos nada a não ser a sugestão de uma união nacional para continuarmos a receber o cheque. Ah, e já me esquecia: - toneladas de patriotismo! Sentimento em vias de extinção. 


Saudações monárquicas.

segunda-feira, julho 08, 2013

Barrete encarnado ou cavalo de Tróia?!

Com a tourada a chegar ao fim, com o pó ainda a esconder os protagonistas, apenas nos é dado perceber que Portas (para salvar a face) foi obrigado a avançar para os cornos do toiro! Ora bem, esta é uma situação nova para ele, mais habituado a jogar nos bastidores, e a partir daqui qualquer prognóstico que se faça será sempre um exercício muito arriscado.

Mas eu gosto de arriscar, e assim, vislumbro para já dois cenários plausíveis, a que posso juntar um terceiro, digamos, bastante hipotético!

Vamos começar pelo hipotético: - este, a ocorrer, seria uma surpresa para todos, e admito que até para o próprio Portas! Dar-se-ia o caso de vermos emergir um grande estadista, que estabeleceria como prioridade a reforma do estado socialista, actualmente fonte de discriminação entre portugueses, e fonte de todos os nossos problemas. Aqui, a prioridade deve ir, não para os despedimentos na função pública, pois não estamos em condições de despedir ninguém, mas para uma batalha bastante mais árdua que é definir quem e em que circunstâncias (no futuro) pode e deve beneficiar de um vínculo à função pública.

Como sabem, porque já o escrevi, esta condição deve ser, por regra, um exclusivo das forças armadas (e de segurança), da magistratura, e pouco mais. Fora disto é manter o monstro e o polvo.

E porque estamos com a mão na massa, seria absolutamente vital avançar com a reforma do sistema político, propondo nomeadamente o fim das listas partidárias, verdadeiro cancro do sistema, grau zero de representação política, e grande responsável pela mediocridade dos actuais agentes políticos e pela desconfiança dos portugueses nos mesmos. Claro que esta proposta teria de ser viabilizada pelo PS, mas o que importa é que tem que ser apresentada por alguém, e ainda não foi.

Em resumo, se por hipótese, Portas fosse por este caminho estaria de facto a resolver o problema da dívida e ao mesmo tempo o tão propalado problema do investimento (e do consequente crescimento da economia) problemas que não se resolvem com discursos, mas apenas quando se criarem as condições prévias para tal.

Quanto às outras duas hipóteses, que considerei as mais plausíveis de virem a acontecer, ambas se inscrevem neste faz de conta em que vive o país há longo tempo. Será sol de pouca dura.

Quanto ao cavalo de Tróia…



Saudações monárquicas

quinta-feira, julho 04, 2013

O amigo da esquerda

Quem, por puro masoquismo, estiver cinco minutos a ouvir o que dizem as ‘notícias’ percebe, se quiser perceber, que a estratégia da ‘central de informação no poder’ é a seguinte: - defender Portas e atacar Passos e Cavaco! Ou seja, ilibar o responsável pela crise e culpar os que pretendem manter alguma estabilidade política! Qual é o objectivo?! Bem, isso agora cada um pensa o que quiser.


Pela minha parte, posso apenas avançar uma hipótese: - mal ou bem, com ou sem reforma do estado, a credibilidade do país perante os credores está (estava) assegurada; não é ainda a retoma da economia, mas o pior já passou; o desemprego começa a descer ligeiramente; enfim, vislumbram-se alguns sinais positivos no horizonte. Mas claro, tudo isto é circunstancial, e para se tornar consistente, exige de facto uma profunda revolução política, logo constitucional, e a partir daí, a urgente necessidade de desmantelar (há quem lhe chame reformar) o estado socialista que nos asfixia a todos. Asfixia, que se tornou modo de vida da grande maioria dos portugueses, para gáudio dos seus mentores (e beneficiários), a saber: - as lojas e lojinhas de conveniência, onde se acoita a jacobinagem que nos calhou por herança.


Ora bem, pensam eles, está na altura de prevenir que a tal reforma do estado nunca se execute. Isso iria limpar o sistema, isso iria desparasitar o regime. E como os parasitas somos nós (pensam eles e têm razão) é preciso correr com este governo e pôr lá um governo de confiança. Um governo que seja amigo da esquerda.


E é aqui que entra o Portas. De cognome ‘o direitinha’, está afinal sempre disponível para prestar serviços à tal jacobinagem. Jacobinagem de onde, no fim de contas, provêm. A troco de quê?! Da proeminência que a sua inestimável vaidade necessita.


O primeiro grande serviço que Portas presta (todos os dias) á esquerda é o facto de ser ter tornado dono de um partido que finge ser de direita mas cujo propósito é impedir que surja um verdadeiro partido de direita. Daí que o actual CDS/PP nunca ouse propor medidas que ponham em causa o estado socialista vigente. Entretém-se com sugestões pontuais, pela rama, estilo unidose. O outro grande serviço que Portas (e a sua troupe) prestam à esquerda, é esta esperança, por estes dias renovada, de um namoro e casamento (contra natura) entre o PS e o CDS/PP.

Pois é, mas de coisas contra natura estamos nós fartos.




Saudações monárquicas


Post Scriptum: Já terminado o postal, lembrei-me que talvez fosse útil ir ao baú das memórias e recuperar alguns episódios (e personagens) do CDS que, também eles, protagonizaram este romance com o PS. Basílio Horta e Freitas do Amaral não fizeram a coisa por menos, a dada altura, passaram-se mesmo para o 'inimigo' irresistível! Afinal eram socialistas desde pequeninos! Tivemos, lembram-se, o queijo de Ponte de Lima! E temos agora esta porta aberta, noiva permanente, doida para se atirar para os braços de quem de facto detém o poder.

quarta-feira, julho 03, 2013

Devia estar contente mas não estou!

Para um monárquico este desabar de um regime que ainda há pouco tempo celebrava com pompa e circunstância o seu centenário, devia ser um acontecimento para festejar! Um acontecimento para saborear o doce prazer da vingança! Mas não está a ser. Num monárquico fala sempre mais alto um sentimento caído em desuso - o patriotismo. E assim, para aqueles que diziam que a história não se repete, ora aí está a resposta: - repete-se, sim senhor! O descalabro dos partidos, as cisões que se anunciam, inexoráveis, toda a gente a fingir que quer mudar alguma coisa, como se isso fosse possível, sem eles próprios mudarem! Gente que é sempre a mesma, que se repete sempre no poder! E quando não são eles, deixam lá a parentela a fazer o serviço! Tudo isto, dizia eu, é matéria dada, aconteceu no final da monarquia, e sucede no final de cada república. E esta terceira está claramente no fim do prazo. Que só não terminou porque a UE a tem segurado. 


No caso vertente, estamos bastante próximos dum champô inovador, a que podemos chamar o “três em um”, ou seja: - conseguimos juntar os malefícios da partidocracia, os malefícios do liberalismo sem escrúpulos, e os malefícios do socialismo de raiz soviética, que o mundo já despachou para o museu mais próximo de si! Como se não bastasse, ainda temos uma série de lojas e irmandades a conspirarem na sombra! Portanto, o que aí vem não há-de ser bom com certeza.


Lamentam-se entretanto as piranhas da comunicação social: - ‘o país não merecia ter estes políticos’! E eu acrescento: - nem estes jornalistas, nem estes comentadores, nem estes sindicalistas, nem estes funcionários públicos, nem estes juizes, etc. etc. e acabava com Almada Negreiros: - ‘Portugal até é bonito! Fica feio pôr lá portugueses’.


Intervalo para irmos ao WC.






Saudações monárquicas

segunda-feira, julho 01, 2013

O socialismo aos socialistas

Há quem pense que devia ter saído mais cedo, há quem pense que nunca devia ter entrado, mas Gaspar, homem inteligente, saíu na hora exacta. Foi o tempo suficiente para mostrar que estava isolado no governo, e que era o único que tinha uma estratégia para conter a despesa do estado. Boa ou má, isso é outro assunto. Os outros, se me permitem a imagem velocipédica,  limitaram-se a seguir na sua roda, havendo inclusivé alguns (Portas é o melhor exemplo) que várias vezes fizeram questão de chegar atrasados à meta por puro eleitoralismo. Ideias para Portugal, zero. Ideias para mudar o Portugal socialista que herdámos da revolução de Abril, nenhumas. O que até se compreende. Pois se foi este estado socialista que os levou ao poder, para quê porem-se agora com aventuras?! Daí que o regime continue 'soviético', ou seja, monstruoso, quer no que toca à despesa, quer no que toca à intervenção.
Assim, neste imbróglio, o melhor mesmo é entregar o estado socialista aos socialistas. Tem a dupla vantagem: - acabam-se os biombos, papel reservado actualmente aos partidos ditos de direita, e ao mesmo tempo obriga-se a esquerda a governar... com o menino nos braços. Então talvez seja possível responsabilizar os socialistas pelos dislates que fatalmente irão cometer. O que já não seria mau.
Quanto ao Gaspar, e sem ser adivinho, o seu gesto tem algumas semelhanças com o que aconteceu com Salazar. Também ele, a dada altura, bateu com a porta.  Mais tarde tiveram que o ir chamar. O problema era o mesmo - a insuportável dívida do estado. Uma especialidade da esquerda. 

Saudações monárquicas 

quarta-feira, junho 26, 2013

A fragilidade humana

A fragilidade humana é imensa, desde sempre, mas existem épocas em que essa fragilidade atinge proporções alarmantes, ao ponto de nos questionarmos que tipo de humanidade teremos no futuro: - se gente estoica, com espírito de sacrifício e capacidade para lutar contra a adversidade, ou se pelo contrário, e os indicadores vão nesse sentido, uma sociedade que recua perante a mais pequena dificuldade e que reclama infantilmente do estado (seja lá o que isso for!) tudo e mais alguma coisa! Em resumo, uma sociedade incapaz, atolada em antidepressivos, com a paranoia da dor, e psicólogo à cabeceira!

Veio-me isto à ideia a propósito do dia mundial do combate contra a droga, uma vez que a toxicodependência é um dos sinais, não o único, desse acentuar da fragilidade humana. Fragilidade humana que foge à realidade para não sofrer, embora acabe por sofrer muito mais, que foge à realidade para não a enfrentar, fragilidade humana crescente, fruto de uma educação minguante.

quinta-feira, junho 20, 2013

Fadiga fiscal

É o que eu sinto. Sei que o termo, em linguagem técnica, significa que já ultrapassámos todos os limites, que já não é possível aumentar a receita fiscal, ainda que se aumentem os impostos. Nesse sentido, estamos fatigadíssimos. Mas onde o cansaço mais se nota, falo por mim, é na perseguição, na estupidez, na incompetência, na persistência com que somos massacrados pela máquina que tem a sua raiz no ministério das finanças! A última abencerragem, na ânsia de amealhar mais alguns tostões, foi esta ideia luminosa de entupir todas as repartições à conta dos impostos de circulação de veículos (a maior parte deles) há muito fora de circulação! Pergunto: - quantas pessoas foram, ou estão a ser incomodadas, perderam dias de trabalho, não sabem o que hão-de fazer à vida, perante mais esta ameaça do monstro burocrático?! Monstro burocrático que é o espelho do monstro (insaciável) que se sustenta dos nossos impostos, e arruinou o país.
E até à data ninguém se demitiu!


Saudações monárquicas 

terça-feira, junho 18, 2013

Inevitável

O socialismo tem destas coisas: - acaba sempre por edificar uma nomenclatura. Ou seja, divide a sociedade em cidadãos de primeira, com as suas especiais regalias, e em cidadãos de segunda, todos os outros que não têm as tais regalias. Esta guerra, perdão greve, dos professores, e sem entrar em grandes pormenores, também sofre, infelizmente, desse pecado original do socialismo, pecado que um conhecido autor brilhantemente resumiu - ´`somos todos iguais, mas há uns mais iguais que os outros´´. Daí que eu defenda, admito que com grande escândalo, que a comunidade só deve garantir a existência de duas carreiras públicas, a saber: - "forças armadas e ordem pública" e "magistratura". Fora disto, trabalhar no Estado ou fora dele, não pode ser motivo de discriminação entre portugueses. Uma última nota para dizer o seguinte: - porque o dinheiro dos impostos deve ser bem empregue exige-se que a comunidade seja de facto bem servida. Explico: - exigimos forças armadas que defendam os interesses nacionais, que não abandonem as suas missões por motivos pessoais ou corporativos, em suma, que honrem a carreira que livremente escolheram. Quanto à magistratura também exigimos a melhor aplicação da justiça, que não passa, evidentemente, pela absolvição sistemática da nomenclatura.

Saudações monárquicas   

quinta-feira, junho 13, 2013

A ideologia da SIC

Ora aqui está um canal televisivo que não engana ninguém: - é a cara do centrão! Centrão que fez a riqueza dos baronetes do PSD e dos seus congéneres do PS. Governam o país no rotativismo do costume, muito semelhante aliás ao rotativismo dos últimos tempos da monarquia. O sistema é simples - fingem-se oposição uns aos outros quando na realidade é tudo cozinhado antes, nas lojas maçónicas a que quase todos pertencem.
Por agora, segundo se vê e ouve a ordem é para atacar este governo! E a pergunta seria: - mas então o governo não é do centrão?! Qual é então a lógica de tanto azedume?! Bem, em primeiro lugar este governo não é bem do centrão, está lá o CDS, ou melhor, está lá o Portas. Em segundo lugar este governo obedece a ordens externas, ordens essas que nem sempre coincidem com os ditames da internacional franco-maçónica. Neste momento parecem até afastar-se desse rumo. O que está a preocupar bastante os filhos de Rousseau. Veja-se para o efeito o histerismo de Mário Soares. Outra pergunta seria: - mas esta jacobinagem afinal o que é que pretende?! Eu respondo - o mesmo de sempre: - querem o poder para continuar a aplicar o seu programa oculto. Mais socializante ou menos socializante não interessa desde que sejam eles a mandar. Poder totalitário, entenda-se, porque ninguém consegue partilhar aquilo que é oculto. Daí a sujeição do país a este rotativismo sem tréguas entre PSD e PS, há mais de trinta anos! Os outros, é-lhes permitido que existam, e contentam-se com as migalhas. 
Mas estava eu a falar da SIC e daquela Ana Lourenço que não faz mais nada (que eu saiba) a não ser dar bicadas no actual governo... e fugiu-me a boca para a verdade!

Saudações monárquicas

segunda-feira, junho 10, 2013

O dia das comendas

Dez de Junho, não vejas a televisão, não vejas os ilustres que recebem as comendas, ex-futuros ilustres comendadores, que se distinguiram nesta época sombria de obediência e subjugação. Triunfo da esquerda, internacionalista, triunfo do aborto, das salas de chuto, dos casamentos que não geram vida, da adopção das crianças por ‘casais’ homossexuais, triunfo de toda a venalidade, triunfo das percentagens, da desumanização mascarada de humanidade, triunfo da dívida e do dinheiro. Por isso pergunto: - os que se distinguiram nesta época de demagogia podem, sem demagogia, ser chamados a alguma responsabilidade pelo estado em que nos encontramos?! Podem ou não?! Eu sei que não podem, porque para a esquerda a culpa é sempre colectiva, além de que os seus próceres nunca podem ser julgados por profanos. Aliás a culpa não existe, é um conceito antiquado, tal como o pecado. Fiéis a estes princípios, e àquelas conclusões, os nossos juizes vão absolvendo paulatinamente todos os que por erro ou desventura tenham sido acusados de qualquer crime ou infracção. Um país de inocentes! E os mais inocentes, para além dos que se espantam, serão aqueles que organizam esta festa das comendas.



Saudações monárquicas

terça-feira, maio 28, 2013

Papá, Mamã e crescimento!

Antes de tudo, ou ao mesmo tempo, são estas as três primeiras palavras (talvez únicas) da nossa vida colectiva. Nascemos, berramos pelo leite materno, uma enorme manjedoura conhecida por orçamento de estado. Logo a seguir pedimos a protecção paterna, nem mais nem menos que a protecção do estado, que responsabilizamos por tudo o que nos acontece! Finalmente, aprendemos a soletrar a palavra crescimento! O vocabulário está completo. Se alguém se atreve a pronunciar mais alguma letrinha, a televisão, nossa educadora de referência, entra em cena e corrige de imediato tão perigoso desvio.
Resumindo, todos os actores que sobem ao palco deste pequeno teatro a que chamamos Portugal, representam sempre o mesmo papel, a mesma criancinha de bibe a repetir e a repetir-se!.
Falta apenas descobrir o que significa 'crescimento'! Não é um exercício fácil, mas não deve andar longe disto: - trata-se de esperar que o vizinho, mais próximo ou mais distante, abra os cordões à bolsa e venha investir, criando emprego, num país onde os portugueses, se tivessem os bolsos a abarrotar de dinheiro não investiriam um centavo!
Está na hora de aprendermos mais palavras.


Saudações monárquicas 

sábado, maio 18, 2013

Para que compras os jornais?!

Por hábito, ou um vício arreigado?! Para leres que o país deu um passo em frente com a novíssima lei de co-adopção por homossexuais?! Aplaudida no Parlamento, mas que seria liminarmente rejeitada se os futuros adoptados pudessem votar?! Para leres que os conservadores são maus e que o ‘progresso’, esse mito dos amanhãs que cantam, é que é bom?! Tudo por obra e graça do espírito santo, em que por acaso, não acreditam?!


Concedo, para leres o José Manuel Fernandes, corrido da direcção do Público, mas que ainda consegue escrever à sexta-feira! Concedo ainda, para leres o Vasco Pulido Valente, apesar de continuar inebriado pelo século XIX, aliás o único século que conhece! Mas também por isso incapaz de ver o caminho por onde veio, e se estende à sua frente! Como se o mundo tivesse nascido nesse tempo, nessa memória curta, que é o seu cérebro, mesmo quando está lúcido! E lá o vemos a aceitar, sem discussão, a armadilha que o tal século XIX montou sobre a separação entre a Igreja e o Estado! Não é o momento nem o espaço para dirimir este assunto, como não é o tempo nem o espaço para discutir o outro embuste que sempre aparece ligado ao tema da dita separação: - refiro-me à decantada ‘declaração universal dos direitos do homem’, dogma de todas as constituições jacobinas.

Só uma achega, porque será que Obama jura sobre a Bíblia e não sobre a declaração universal dos direitos do homem?! Porque será que um juiz em Inglaterra invoca a Magna Carta mas nunca menciona a tal declaração?! E Portugal?! Sim, Portugal, que espalhou os princípios do Evangelho por esse mundo fora, que aboliu a escravatura antes dos outros países, para que precisa Portugal de invocar ou incluir na sua constituição esse texto menor (e armadilhado) que é a ‘declaração universal dos direitos do homem’?!


Que tristeza! Que pobreza!




Saudações monárquicas

sexta-feira, maio 17, 2013

Cretinos e jacobinos

Frutos naturais da árvore republicana, ei-los em toda a sua pujança neste maio florido! São ligeiramente diferentes uns dos outros, mas sabem ao mesmo – os cretinos são mais esverdeados, os jacobinos mais encarnados, muito embora apareçam noutras tonalidades. Por exemplo, a propósito da constituição, não se pode dizer que aquela rapariga dos ‘verdes’ seja jacobina. Afinal ela apenas pretende retomar as famosas campanhas de analfabetização, muito em voga a seguir ao 25 de abril. Tais campanhas, como se sabe, eram conduzidas pelos filiados do partido comunista (e seus apêndices) e visavam construir um socialismo do tipo soviético em Portugal. Portanto está tudo certo. A verde deputada, que por sinal nunca foi a votos, introduz aqui uma manobra de diversão, obrigando a chamada direita a reagir contra a… constituição! Cretina é que ela não é! E fica demonstrado que continuamos reféns da esquerda, reféns da sua constituição, que mau grado todas as revisões ainda não perdeu a sua matriz original.


Então, quem são afinal os cretinos?!


Cretino é o povo todo que vota na direita para que esta governe segundo os ditames de uma constituição de esquerda! Maior cretinice não deve haver! Às vezes fico a pensar se não seria melhor afundarmo-nos de vez em lugar de andarmos à tona de água à espera que alguém nos salve do naufrágio em que permanentemente nos constituímos! Alguns talvez não merecessem, mas a grande maioria…




Saudações monárquicas

quinta-feira, maio 16, 2013

Um pouco de paz…

A miraculosa derrota no Dragão trouxe-nos, enfim, um pouco de paz às nossas vidas! No Domingo, e pelo menos até terça-feira, foi possível, falo por mim, ligar a televisão, arriscar a compra de um jornal, sem o permanente bombardeamento encarnado! O país parecia, juro-vos, um país normal! Durou pouco este momento. Logo veio a euforia da Liga Europa! A SIC excedeu-se, o Terreiro do Paço encheu-se, como se dependêssemos daquela vitória! Miraculosamente, digo eu, não houve vitória. Miraculosamente… porque atendendo ao insuportável ruído que nos assalta, Benfica a toda a hora, será caso para perguntar: - o que aconteceria se tivessem ganho?!


Comparativamente chegam-nos as imagens do vencedor: - no bairro londrino de Chelsea, uma dezenas de pessoas festejam a vitória na rua. Um país normal.


O que vai seguir-se, não posso adivinhar. Mas à cautela, peço ao Porto que ganhe em Paços de Ferreira, ao Guimarães, que ganhe no estádio nacional, a ver se conseguimos prolongar este luto por mais algum tempo. Para voltarmos a ter um pouco… de paz!




Saudações desportivas




Nota: O autor é do Belenenses, escreve na antiga ortografia, e detesta o nacional-benfiquismo.

domingo, maio 05, 2013

Ou isto ou o tio patinhas!

Sim, eu sei que já fomos à Índia, e que na Índia nos conhecem, tal como no Oriente, e sei que têm boa impressão do génio luso. Sei que Angola existe, que o Brasil existe, que Moçambique existe, e que todas as outras partes onde estivemos e convivemos, existem também. O problema não é esse. O problema surge quando nos desligámos do transcendente, daquilo que nos uniu, e justifica a comunidade. A comunidade para além do interesse imediato, instintivo, de sobreviver como espécie ou indivíduo. Se for apenas isso, só isso, é curto. E isso não nos distingue dos outros seres vivos. O que faz falta é o golpe de asa! Esse sim, vale a pena.

Por isso convoquei – o Desejado! Por isso quis lembrar o tempo em que o positivismo ainda não tinha tomado conta do mundo.

Pois é, o problema é universal. Mais uma razão para ser meu em dose dupla! Ou seja, já existia cá em casa e bate-nos à porta vindo de fora! Pior, era impossível!

Contra isto só existem duas soluções: - ou deixamo-nos ir na onda e seremos norte-coreanos não tarda muito. E aí sim, será o paraíso terrestre, seremos todos funcionários públicos – professores e alunos, enfermeiros e doentes, pais e filhos.

Ou na hipótese inversa, reagimos, e como se diz na canção, voltamos a olhar o Céu.

Mas a história não ficava completa se não existisse a tentativa mascarada de uma terceira via! Terceira via, tortuosa, com o tio patinhas (a reinar) no Portugal dos pequeninos! Chame-se ele, Salazar ou Gaspar. Sem golpe de asa.

Escolham.





Saudações monárquicas

sábado, maio 04, 2013

O Desejado

Onde quer que, entre sombras e dizeres,

Jazas, remoto, sente-te sonhado,

E ergue-te do fundo de não-seres

Para teu novo fado!



Vem, Galaaz com pátria, erguer de novo,

Mas já no auge da suprema prova,

A alma penitente do teu povo

À Eucaristia Nova.



Mestre da Paz, ergue teu gládio ungido,

Excalibur do Fim, em jeito tal

Que sua Luz ao mundo dividido

Revele o Santo Graal!





Fernando Pessoa – (Mensagem)

quinta-feira, maio 02, 2013

Hino

Primeiro de Maio
Manifestação
A rua é uma montra
Da televisão
O resto não conta
A bem da nação!

Eu sou funcionário
Meu patrão morreu
Este mundo é vário
As voltas que deu!
Sou Luís quatorze
E o estado sou eu!
(Dei um passo em frente
O estado, é meu!)


Vou reivindicar
Abaixo o governo
Paguem mais impostos
Que o estado é pequeno
Se eu não engordar
Vai ser um inferno!

À vila morena
Estou agradecido
Ao meu camarada
Também ao partido
Um cravo na mão
E estamos contigo!