quarta-feira, setembro 12, 2012

Com esta oposição…

Pode o ministro das Finanças dormir descansado.


A começar pelo PCP, relíquia arqueológica com direito a Guiness, um partido oscilante entre um nacionalismo (!) de trazer por casa e uma secreta admiração pela Coreia do Norte! Continuando com a verde Elisa Apolónio, outro case study, nunca foi a votos, por isso não sabemos qual o seu verdadeiro peso eleitoral! Desconfiamos que é nenhum. A seguir, descendo até ao Bloco, verificamos que é agora dirigido por uma regateira, aos gritos! O que pretende?! Também não sabemos. E chegamos finalmente ao inseguro PS cuja alternativa consiste em ir fazer queixinhas ao presidente da república!

Portanto, e por consequência, só a ambição e a vaidade desmedidas de Portas poderão causar algum embaraço a Vítor Gaspar.


Mas quer isto dizer que concordo com a actual política do governo?! Claro que não. Limito-me a verificar que não existe oposição em Portugal, só isso. Há muita discussão, muita gritaria, mas no essencial estão todos de acordo. Por exemplo, ninguém quer fazer reformas estruturais, especialmente a reforma das reformas, ou seja, mudar a constituição! E a partir daqui mudar a lei eleitoral, para que haja alguma relação entre eleitores e eleitos, para que as leis e os tribunais funcionem, para enfim reduzir o peso das corporações, o peso da nomenclatura na máquina do estado. Sem esquecer o fardo que os partidos representam no poder autárquico. Mas destas reformas os partidos não querem ouvir falar, porque isso seria reduzir o seu poder, o poder dos aparelhos partidários.


Nestas circunstâncias Vítor Gaspar (e Passos Coelho) vão continuar a fazer as tais ’cócegas’ que todos criticam mas que no fundo todos aceitam para continuar tudo na mesma. É assim a república que amamos.



Saudações monárquicas



Nota básica: Ontem, no mesmo dia em que soubemos dos apertos que nos esperam, mais própriamente à noite, em Braga, estava um estádio cheio, para ver o Azerbaijão jogar contra a selecção. Conclusão: Vítor Gaspar ainda tem muita folga para cortar na despesa.

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