terça-feira, maio 25, 2010

Um rei para a crise

A esquerda adora gastar o dinheiro dos contribuintes e adora a função pública, e percebe-se porquê – não tem patrão e se não trabalhar não vai para o desemprego. Por isso a esquerda não faz contas, gasta, e enquanto gasta, gosta de falar nos pobrezinhos. Esta introdução vem a propósito da aturada demanda do partido socialista em busca do seu candidato presidencial.
Se dependesse de Sócrates seria Cavaco mas com Alegre na disputa essa escolha poderia dividir a esquerda de forma irremediável. Nada que preocupe o actual primeiro-ministro que em nome das aparências vai empurrando o assunto com a barriga. Cavaco Silva, por sua vez, embalado pelo casamento gay teria a oportunidade de trair (novamente) o seu eleitorado em nome dos superiores interesses do crédito e do défice. A traição no segundo mandato é um costume arreigado e faz parte daquilo a que se convencionou chamar… ética republicana!
Mas em tempo de crise existe um bom argumento, talvez o único, a favor da escolha de Cavaco para candidato do sistema: - sai mais barato ao erário público.
Recordemos que os portugueses já sustentam o estatuto e as mordomias de três ex-presidentes (Mário Soares, Eanes e Sampaio) e se Cavaco não for reeleito passaríamos a sustentar quatro, além do próximo efectivo!
E se não tivesse havido reeleições (Soares e Sampaio), contrariando aliás o espírito fracturante da república, pior seria!
Pensar que a rainha de Inglaterra chegou a conhecer, imagine-se, o Craveiro Lopes!
Mas nós somos ricos e inteligentes, não há nada a fazer.

Saudações monárquicas

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