sábado, dezembro 12, 2009

Excessos dinásticos

Catarina, nome de imperatriz e de rainha, Castro pelo pai, deputado do PS, aparentada ou ligada às melhores famílias de Abril, não conseguiu ser eleita para o ‘tribunal constitucional’.
Indicada pelo partido socialista, com o acordo dos sociais-democratas, faltaram-lhe uns quantos votos para passar! Mas nada está perdido, vai à segunda chamada em Fevereiro, e se chumbar outra vez, aplica-se a norma europeia dos referendos (com excelentes resultados na Irlanda) – Catarina repetirá o exame até que os seus pares pronunciem o inevitável ‘sim’!
Nada disto tem a ver com Catarina, que será uma jurista de mérito, e perfeitamente capaz de desempenhar o cargo com a mesma eficiência que os outros designados. A questão, como já temos escrito, é de outra ordem, ou se quiserem, de outra desordem. Explico: - em primeiro lugar chamar ‘tribunal’ a um órgão maioritariamente ocupado por comissários políticos, ou seja, por pessoal designado pelos partidos, só pode servir para confundir os portugueses ou desprestigiar a independência de juízes e tribunais.
Em segundo lugar e consequência óbvia da desordem instalada é esta proliferação dinástica que enche e preenche lugares e cargos públicos a uma velocidade e com uma desfaçatez nunca antes vista! É a filha, é o primo, é a amiga do primo, o compadre, várias dinastias que se ajustam, que negoceiam, que trocam favores... e lá em baixo está o povo a olhar!
É também por isso que eu sou monárquico - uma dinastia de cada vez.

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