terça-feira, março 10, 2009

Obama dos Santos

Cada um tem o Obama que merece, ou como na regra de três simples – Obama está para o mundo assim como Eduardo dos Santos está para Portugal. E podíamos seguir a pista republicana recordando a malta de Abril – ‘nem mais um soldado nem mais um tostão para as colónias’. Precisamente o contrário do que afirmou Salazar – ‘para Angola e em força’.
Em que ficamos?
Jerónimos, Camões, Cavaco, discursos… uma grande maçada, um disfarce para escamotear a realidade omnipresente – não passamos sem as colónias e elas não passam sem nós. Se quiserem, ex-colónias… omnipresentes na mesma – nas ruas, no autocarro, nas obras, nos bancos dos hospitais, nos bancos falidos, em todos os subsídios, em número sempre crescente, tudo a assobiar para o lado, e não vêm todos porque não podem… ou não cabem!
Salazar tinha razão - ‘Portugal não é só uma nação europeia e tende cada vez mais a sê-lo cada vez menos’.
Deixemo-nos de conversas, toca a assumir o destino, porque a nossa independência e a independência de Angola dependem afinal uma da outra!
E para quem tem dúvidas sobre independência lembro o incontestável Condestável – “Pátria – é um palmo de terra defendida. A lança decidida risca no chão o tamanho do nosso coração… Eu assim fiz, surdo ás razões da força e da fraqueza… mais difícil era a empresa que a seguir comecei: já sem cota de malha, combater por outro Reino e por outro Rei!”

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