sábado, janeiro 06, 2007

Regresso em noite de Reis

Muitas ideias, o que é sempre mau, nada de concreto, a entrada no novo ano tem sido difícil. Entretanto, tenho andado por aí, deixo rasto em comentários quase compulsivos, e confesso que ergui o tema da vida como prioridade absoluta. Nesse sentido, a morte de Saddam Hussein, pela barbaridade que invoca, por todas as circunstâncias agravantes que a rodearam, fez soar alarmes que me acordaram de vez!
Não estou sozinho nesta inquietação, estabeleço ligações perigosas que ontem levantariam um coro de protestos, mas hoje ninguém ousa contestar, tão evidentes os factos, tal a desfaçatez dos criminosos, tal a estupidez dos comparsas. Não acredito em planos geniais de homens de carne e osso como eu, por isso trata-se apenas da habitual crueldade dos que só acreditam na morte.
Que Deus nos livre de tal gente, apareçam eles no hábito do monge ou na pele do cordeiro!
Antes do mais, temos que nos livrar deste “império benigno” que usa conhecidas palavras de passe, como democracia e liberdade, para cometer atrocidades!
Sem querer, chegámos a um ponto insuportável em que é forçoso concluir – o mundo não precisa destes americanos para nada, muito menos para polícias ou pastores universais.
Aliás, só a propaganda usada como arma de destruição maciça, poderia ter operado o milagre da quadratura do círculo! De facto, porque carga de água é que um regime republicano, assente em votos e maiorias instáveis, haveria de trazer algum rumo ou alguma estabilidade ao planeta! Nunca trouxe! No caso, resume-se a um jogo de cartas marcadas onde dois jogadores, viciados no lucro, se vão revezando, no faz e desfaz, na invasão e na retirada, no mata e esfola inteiramente comandado pelo egoísmo de um poder obsceno!
Estarei porventura a exagerar, pois não é assim que se devem comportar os Estados na prossecução dos seus interesses?!
Não aqueles que se arvoram em defensores da liberdade, que se justificam como exemplo e serviço universal.
Aqui, a fama tem que corresponder ao proveito, e não é nada disso que se passa.
Saudações monárquicas.

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