terça-feira, abril 25, 2006

Canas e foguetes

“Em minarete, mate, bate, leve, verde neve, minuete de luar”...
“Rompem fogo, pandeiretas morenitas, bailam tetas e bonitas... “Voa o xaile, andorinha pelo baile...
“O colete, desta virgem endoidece, como o ‘S’ do foguete,
Em vertigem, em vertigem de luar...”

Que fique Almada em sossego, corramos ao redondel,
É dos lados de São Bento, que nos chega o aranzel!
Onde os suspeitos reúnem, consegui encurralá-los!
Mesmo sem chocas, cabrestos, não foi difícil juntá-los.
São adesivos fatais, entram todos ‘à formiga’,
Já assim eram os pais.
Pois agora que lhes faço?
Do hemiciclo redondo, para onde os hei-de enviar?
Enquanto penso e repenso, vamos então festejar!
Allô Brasil, Portugal, e Colónias de Além-Mar,
Abandonem vossas casas, venham prá rua dançar...
Os figurões estão trancados, não nos vão incomodar.
E havemos tempo para tudo!
Palrar e condecorar, é suprema vocação.
Por isso toca a bailar, enquanto dura a função.


Nota: “Rondel do Alentejo”, de Almada Negreiros, interrompido pelo 25 de Abril de 2006.

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