sexta-feira, janeiro 20, 2006

Souto Moura entre os pigmeus

A Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República conseguiu parte dos seus objectivos.
Obrigar Souto Moura a explicar-se, no seu território, sobre a última ‘inventona’ jornalística, que como se sabe se destinava a comprometer o processo da Casa Pia, e, se possível, baralhar as eleições presidenciais.
Mas a coisa correu muito mal para os deputados e explicou de certo modo, porque é que é tão difícil afastar Souto Moura!
Ele foi o Vitalino Canas e o seu longo intróito que ninguém percebeu, ele foi o Nuno Melo preocupado com os rabos de palha do seu partido, ele foi a Ana Drago armada em esperta, ele foi o Filipe, e o outro, e também o outro da voz grossa, a dizer enormidades! A Maria de Belém nunca falta, aquilo estava cheio!
Durante quatro horas Souto Moura explicou, demonstrou e ensinou, sempre com clareza, sempre com competência, sempre educado!
E confirmámos as nossas previsões – a coisa está preta!
Mas esta audição acabou por ser útil! A diferença de nível entre o Procurador e aqueles ‘representantes do povo’ é abissal!
Eleitos através de listas partidárias, que por sua vez são escolhidas pelos aparelhos dos vários partidos, não têm qualquer ligação com os representados, são meros burocratas da política que não servem para nada.
Se não existissem, se ficassem em casa a ver telenovelas, Portugal progredia de certeza.
E já me esquecia de vos contar – estava lá aquela jornalista, a Felícia Cabrita, a que despoletou o processo da Casa Pia, lembram-se?
Com um sorriso enigmático!

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